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OCDE: Rodada de Doha será benéfica a países em desenvolvimento
Da AFP
11/10/2005 | 15:06
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Os países em desenvolvimento, exceto alguns pequenos da África Subsaariana, sairão ganhando se a Rodada de Doha da OMC (Organização Mundial do Comércio) for concluída com sucesso, afirmou nesta terça-feira a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), com sede em Paris, na França.

"Os benefícios da liberalização comercial compensarão as perdas que poderiam resultar do fim das preferências concedidas a inúmeros países em desenvolvimento", destacou a OCDE. "A maioria dos países em desenvolvimento e não apenas um punhado deles como Brasil, China ou Índia, tem algo a ganhar com a liberalização", frisou.

O documento foi elaborado com base em estudos realizados país por país, no Norte e no Sul do planeta, incluindo vários setores como agricultura, pesca, siderurgia, construção ou saúde, na tentativa de apaziguar os temores e "as opiniões equivocadas" decorrentes da globalização.

Segundo a OCDE, a abertura dos mercados mundiais é a chave para uma nova ordem de sucesso, pois os intercâmbios contribuem para o crescimento, a inovação e a competitividade. A OCDE reconheceu, porém, que a globalização trará consigo ganhadores e perdedores, sejam indivíduos ou países.

Por isso e para proteger os Estados mais pobres e vulneráveis, ainda incapazes de aproveitar as vantagens da liberalização comercial, a OCDE falou na necessidade de adotar medidas para aumentar suas capacidades de exportação, reforçar suas instituições e estruturas de governo.

"Deixar estes países à margem da abertura dos mercados não é fazer um favor aos países mais indefesos. Mas, se receberem ajuda, estes países também poderão se beneficiar dos intercâmbios e investimentos da globalização".

Os representantes dos 148 países membros da OMC se reunirão em dezembro, em Hong Kong, na esperança de chegar a um acordo sobre a liberalização do comércio mundial previsto na Rodada de Doha, iniciada há quatro anos na capital do Qatar e paralisado pela questão dos subsídios. O ciclo de negociações deve ser encerrado em 2006.




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