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Aliança revoga leis discriminatórias contra mulheres afegãs
Do Diário OnLine
Com Agências
13/11/2001 | 17:44
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Logo depois de ter ocupado a capital afegã, Kabul, a Aliança do Norte revogou as leis discriminatórias contra as mulheres. A partir de agora, elas poderão voltar ao trabalho e aos estudos, atividades proibidas desde 1996, quando o Talibã, milícia islâmica extremista, tomou o poder no Afeganistão e implementou um regime radical.

Em comunicado difundido em nome do Estado Islâmico do Afeganistão, a Aliança acrescentou vai "oferecer oportunidades às afegãs para que trabalhem e se beneficiem de uma formação".

Além de proibir o estudo e trabalho, o Talibã também obrigava as mulheres a usar uma "burqa", um traje que as cobre totalmente dos pés à cabeça, toda vez que saíssem de casa. Essas medidas foram denunciadas reiteradas vezes pela comunidade internacional.

Logo que entrou em Kabul, a Aliança tomou outras medidas para se diferenciar imediatamente do regime anterior, autorizando, por exemplo, o retorno da música, que também foi proibida pelos islamitas radicais, assim como a televisão e o cinema.

A rádio afegã recebeu autorização para tocar músicas nesta terça-feira. Assim que a Aliança do Norte ocupou Kabul, a rádio leu trecho do Alcorão (livro sagrado do islamismo) e depois colocou no ar uma canção do intérprete afegão exilado Farhad Daria.

O anúncio da tomada da cidade e da expulsão dos talibãs foi feito por uma locutora, outra novidade em um país onde as mulheres estavam marginalizadas.

"Podem se alegrar com esta grande vitória. Temos que dar graças a Deus por ter dado oportunidade ao nosso país de conquistar sua unidade", disse ela.

Outra medida tomada pela Aliança: a suspensão do toque de recolher imposto desde 1996 pelos talibãs todas as noites às 21H30 e que impedia a população da capital de sair à noite pelas ruas.




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