A moeda americana já iniciou o dia em queda, mas a tendência foi consolidada à tarde quando a autoridade monetária completou a rolagem de uma dívida de quase US$ 2 bilhões. Nas quatro operações de swap cambial realizadas nas últimas semanas, o BC conseguiu prolongar o vencimento de 89,7% da dívida.

A corrida ao Palácio do Planalto também ganhou destaque nesta segunda-feira. A melhora no desempenho de José Serra animou operadores e investidores, já que uma eventual eleição do tucano é interpretada como a continuidade da política econômica do governo de Fernando Henrique Cardoso. De acordo com a última pesquisa da CNT/Sensus, ele obteria 17,1% dos votos caso as eleições fossem para o segundo turno, ante os 14,7% anteriores.

Mas apesar dos números positivos registrados durante o dia, a semana promete ser marcada pela expectativa do aniversário de um ano dos atentados terroristas de 11 de setembro e pelo temor de uma ofensiva militar contra o Iraque. Além disso, os mercados internacionais aguardam a divulgação de resultados a respeito da economia norte-americana e o discurso do presidente do Fed (o banco central dos EUA), Alan Greenspan.

Bovespa - Após seis baixas consecutivas, a Bolsa de Valores de São Paulo terminou o pregão com valorização de 2,44%, aos 9.954 pontos e volume financeiro de R$ 403 milhões — abaixo da média dos últimos dias. O destaque desta segunda-feira foram as ações ordinárias do Banco do Brasil, que subiram 10,81%.

Risco-país - O termômetro da desconfiança do investidor estrangeiro na capacidade de o Brasil honrar seus compromissos encerrou os negócios desta segunda-feira em queda de 3,57%, aos 1.674 pontos. Quanto maior é a pontuação, maior é a percepção do mercado internacional de que o país poderá decretar calote em sua dívida.