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Diadema não esclarece 'informações' do Estado sobre salários
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
07/08/2009 | 07:35
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Com atraso de pelo menos um mês no repasse integral da complementação salarial para cerca de 90 professores efetivos municipalizados do Ensino Fundamental, a Prefeitura de Diadema não esclareceu ontem quais seriam as informações que o governo do Estado teria de fornecer antes para somente depois efetuar o pagamento dos educadores.

A Secretaria da Educação do Estado afirmou ontem desconhecer quais seriam tais "informações" de acordo com a justificativa da Prefeitura para atrasar o pagamento da complementação salarial, conforme apontado pelo Diário na edição de ontem. Por nota, o Estado respondeu que "tem cumprido rigorosamente em dia o pagamento dos professores efetivos cedidos pelo convênio de municipalização".

O professor Ivanci Vieira, que coordena a subsede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) de Diadema, afirmou nunca ter ouvido falar sobre as informações que o Estado teria de passar para que a Prefeitura efetuasse o pagamento. "É invenção deles. Amanhã (hoje), inclusive, cai o pagamento do governo", argumentou.

Na terça-feira, a Prefeitura depositou R$ 280,63, referentes à complementação de salário de junho, mês em que a gestão escolar das quatro escolas municipalizadas foi assumida pela Prefeitura e os professores do Estado assinaram o contrato.

"Até terça-feira, a Prefeitura não havia pago nenhum centavo para nós. Agora, continua com atraso da complementação de julho, além do vale-alimentação de dois meses", afirmou uma professora, que pediu para não ser identificada.

Por nota, a Prefeitura reafirmou ontem que "estão garantidos o piso da rede municipal (R$ 1.400) e benefícios como o vale-transporte, no caso dos professores que comprovarem a utilização, e o vale-alimentação. O pagamento ocorrerá nos próximos dias".

Pelo convênio, o Estado é responsável pelo pagamento do salário-base (R$ 1.136) e as gratificações

Saresp - Apenas a vereadora Irene dos Santos (PT) votou ontem, em primeira discussão, contra o convênio entre Prefeitura e Estado para introdução do Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) na rede municipal, um dos instrumentos da política educacional do governo tucano.




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