Esportes Titulo Água Santa
Ídolo andreense, Makanaki lembra de período difícil como vendedor

Por três meses, atacante não teve chance em clubes e trabalhou no Grand Plaza Shopping

Felipe Simões
Do Diário do Grande ABC
16/04/2015 | 07:00
Compartilhar notícia
Arquivo/DGABC


Rafael Alexandrino dos Santos é um desconhecido. Mas basta dizer seu apelido, Makanaki, para que todos se lembrem do franzino atacante de poucos, porém decisivos gols. Na região, ele é querido pelos torcedores do Santo André pelo tento anotado no Estádio Olímpico na partida de volta da semifinal contra o XV de Campo Bom, pela Copa do Brasil de 2004. Foi o gol dos 3 a 1 que colocaram o Ramalhão na final, já que os gaúchos haviam vencido por 4 a 3 no Pacaembu.

No Água Santa, ele também vem sendo importante. Tem um tento na Série A-2 do Paulista diante do Oeste, mas também participou do gol contra de Romário, do Rio Branco, em duelo válido pela 16ª rodada – seu chute desviou no volante e entrou. Poderiam ser dois gols quaisquer, mas eles garantiram quatro pontos ao Netuno, o que hoje assegura o time na briga pelo acesso. Nos duelos, os diademenses venceram por 2 a 1.

No entanto, o torcedor não imagina que nem sempre a vida de Makanaki foi de gols decisivos e títulos. Em um momento difícil, ele foi vendedor na loja Centauro do Grand Plaza Shopping, em Santo André, por não ter mais chances depois de voltar do futebol paraguaio, onde atuou por três anos após sair do Ramalhão.

“Estava desanimado porque as portas estavam se fechando. Então tomei essa decisão juntamente com a minha família. No fim de 2012, fui trabalhar na Centauro. Comecei vendendo roupas e fui batendo metas. Depois fui para os calçados. Eu tinha uma venda muito boa. Mas foi complicado”, contou ele, que exalta a experiência de três meses, entre novembro de 2012 e fevereiro de 2013.

“Foi algo que serviu de aprendizado. Depois de uma experiência assim, você fica mais ciente do que faz. Agora faço tudo com mais atenção”, afirmou Makanaki, que retornou ao Santo André após o período, tendo passado pelo São Bento, pelo qual conquistou o acesso à elite no ano passado, antes de chegar ao Água Santa.

“As pessoas me elogiavam, falando que eu precisava voltar. E o Santo André me abriu as portas na época. Sou muito grato por tudo. Foi tudo muito rápido. Da mesma forma que tomei um tombo, as coisas voltaram a acontecer”, finalizou o atleta.

E o torcedor do Água Santa quer que tudo continue acontecendo para que o time esteja na Série A-1 do Paulista em 2016.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;