O governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), avalia elevar para 6% a proposta de reajuste salarial ao funcionalismo, objetivando evitar greve, que foi decretada pela classe para começar amanhã. Servidores já rejeitaram acréscimo de 3,5%, parcelado em três vezes, proposto pela administração do verde na semana passada. Os 7.500 funcionários reivindicam aumento de 11%, sendo 7,89% de reposição inflacionária e 3,11% de reajuste real.

Segundo o presidente do Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema), José Aparecido da Silva, o Neno, nenhum plano foi apresentado oficialmente à entidade até o momento. Ele comentou que o prazo para nova negociação se expira hoje. “Ouvi alguns rumores de que a Prefeitura estaria estudando aumentar o valor, mas como nada chegou até mim, nem um pedido de reunião, não posso comentar. Amanhã (hoje) é o último dia para que haja aproximação do governo, pois já definimos pelo início da greve na quarta-feira (amanhã)”, contou.

O dirigente revelou que nos últimos dias o Sindema realizou inúmeras atividades de divulgação em torno da paralisação. “Efetuamos verdadeiro panfletaço, descrevendo toda a situação para os funcionários e a população da cidade. Tudo vem recebendo grande adesão, o que nos deixou muito satisfeitos. Além da reivindicação salarial, detalhamos as péssimas condições estruturais que essa administração oferece”, complementou Neno, salientando que a greve pode ser repensada caso os números se equiparem ao índice da inflação.

Na semana passada, o secretário de Finanças, Francisco José Rocha (PSDB), justificou que a crise econômica atrelada à perda de arrecadação de receita impossibilitaram aumento na propositura aos funcionários.