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Chioro abre sindicância para apurar contratos

Em visita a Sto.André, ministro da Saúde alegou que acordos de publicidade na Pasta passarão por pente-fino

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
12/04/2015 | 09:16
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Ari Paleta/DGABC


Depois de participar ontem da reinauguração de unidade de Saúde no Centreville, em Santo André, o ministro da Saúde, Arthur Chioro (PT), garantiu a abertura de sindicância interna para levantar possíveis irregularidades no contrato com a agência de publicidade Borghi/Lowe, apontado pela Polícia Federal na 11ª fase da Operação Lava Jato por indícios de fraude. O órgão e a Caixa Econômica Federal estão na mira da investigação e têm à frente figuras políticas com raízes na região.

Chioro foi secretário no governo do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), enquanto a presidente da Caixa, Miriam Belchior (PT), atuou em Santo André. “Nós mandamos imediatamente suspender qualquer pagamento para essa agência. Hoje (ontem) foi publicado decreto com uma comissão de sindicância e segunda-feira (amanhã) já vou fazer primeiro levantamento sobre todos os dados referentes a esta contratação”, disse o ministro, frisando que a Borghi/Lowe não é a única agência que atende conta da Pasta.

“Ainda não recebemos nenhuma notificação de quais as informações serão solicitadas pela Polícia Federal, mas vamos fazer todo o levantamento e colocar tudo à disposição. Ninguém tem mais interesse do que o ministro da Saúde em colocar toda essa situação a limpo e poder fazer o melhor uso dos recursos públicos. Não podemos compactuar com nenhuma forma de utilização inadequada de verba da Saúde”, acrescentou o petista.

A PF apura também contrato com a Labogen, intermediada pelo doleiro Alberto Youssef – envolvido no escândalo da Petrobras – na área da Saúde. Chioro relatou que, assim que assumiu o ministério, a proposta de parceria com o grupo foi cancelada e “não chegou a ser sequer estabelecida nenhuma forma de contrato”.

PALANQUE ELEITORAL
Acompanhando o ex-secretário no evento andreense, Marinho aproveitou seu discurso para transformar a cerimônia em palanque eleitoral. “Nós precisamos ter consciência do que está em disputa no País, que é 2018. O que a grande elite do Brasil deseja é desgastar a presidente Dilma (Rousseff, PT), ao máximo, para evitar que ela, assim como o Lula, faça a sucessão (no pleito). E o sucessor chama-se, seguramente, se Deus quiser, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)”, citou ele, ao criticar sistematicamente o papel da imprensa.
 




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