O julgamento de Armin Meiwes, mais conhecido como o 'canibal de Rotemburgo', se prolongará pelo menos até maio, devido ao aparecimento de novo material da polícia alemã que pode ser relevante para o processo, anunciou nesta quinta-feira o presidente da corte de Frankfurt, Klaus Drescher. Meiwes, 44 anos, é julgado pelo suposto assassinato, em 2001, do engenheiro berlinense de informática Bernd Juergen Brandes, 43, após tê-lo esquartejado e comido partes de seu corpo, com o consentimento da vítima, em sua casa, em Rotemburgo.

O julgamento deveria terminar em 9 de março, mas os magistrados decidiram prorrogá-lo até 9 de maio, pois a defesa tem que examinar os autos da polícia dos estados de Hesse e de Bad Hersfeld (centro), encarregados das investigações. As 37 pastas com documentos não tinham sido entregues antes à promotoria porque a princípio as autoridades não as consideraram relevantes do ponto de vista jurídico para o processo.

Os psiquiatras, que deverão emitir a nova perícia sobre o estado de saúde mental do "canibal de Rotemburgo", prestarão depoimento à corte em meados de abril. O tribunal de Frankfurt processa Meiwes, após a anulação pela Suprema Corte Federal da Alemanha de um julgamento anterior, celebrado em Kassel, que havia sentenciado Meiwes a oito anos e meio de prisão por homicídio. A promotoria apelou da sentença e pediu um novo julgamento em que o "canibal de Rotemburgo" é réu por assassinato para obter satisfação sexual.