Chávez, que chegou por Teera, foi recebido no posto fronteiriço iraquiano de Al-Munziriya, a 190 km de Bagdá, pelo vice-presidente iraquiano Taha Yassin Ramadan e vários Ministros, especialmente o do Petróleo, Amer Rachid.
O presidente venezuelano faz um giro pelos Estados membros da Organizaçao de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), para preparar o próximo encontro de cúpula do cartel, que se realizará em Caracas em setembro.
Antes de deixar a província iraniana de Kermanshah, o presidente Chávez declarou que a OPEP tem de mostrar seu poder no mercado internacional e que a única maneira de fazer frente à pressao internacional é estreitando os laços entre os países da organizaçao.
A inclusao do Iraque no programa de visitas foi duramente criticada pelos Estados Unidos.
``Ser o primeiro chefe de Estado democraticamente eleito a se reunir com o ditador do Iraque é uma distinçao duvidosa', disse o porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher, referindo-se a Saddam Hussein.
Boucher adiantou que Washington nao pode ``compreender' esta visita e que discutirá o assunto com as autoridades venezuelanas ``adequadas'.
A imprensa oficial iraquiana homenageou Chávez, nesta quinta, por ter mantido sua visita ao Iraque, apesar das críticas norte-americanas, que as classificou de ``estúpidas'.
``Nós damos as boas-vindas ao presidente Chávez, que é nosso estimado convidado, e apreciamos sua decisao de manter sua visita apesar das estúpidas críticas norte-americanas', afirma em um editorial o jornal As-Saura, do partido Baath (pan-árabe, no poder).
Chávez participará de uma recepçao oficial, através da qual Bagdá quer demonstrar que ``nao está isolado no panorama internacional como pretende o Governo dos EUA', disse um dirigente iraquiano.
``O presidente Chávez visita um glorioso país com uma tradiçao e uma civilizaçao milenares, que se distingüe por sua luta contra a política de hegemonia e saques, que o Governo norte-americano tenta impor', acrescentou As-Saura.
Outro jornal iraquiano, Al-Qadissiya, estima que a visita de Chávez ``é um sinal forte da resistência da OPEP aos desafios que enfrenta desde sua criaçao e sua primeira reuniao em Bagdá, há 40 anos'.
Esta visita ``traduz o êxito da organizaçao e de suas políticas petroleiras independentes das pressoes e das manobras norte-americanas e confirma o fracasso da política americano-sionista hostil ao Iraque', acrescentou o jornal.
Funcionários da ONU em Nova York informaram que nenhuma resoluçao do Conselho de Segurança proíbe visitas ao Iraque.
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