Política Titulo Votação
Clóvis Volpi interrompe férias dos vereadores
Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
05/01/2012 | 07:24
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Caio Arruda/DGABC


Embora tenha declarado que não iria interromper o recesso parlamentar novamente, o prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), encaminhou pacote de oito projetos para serem votados pela Câmara hoje, em sessão extraordinária.

O chefe do Executivo comunicou o presidente da Câmara, Gerson Constantino (PSD), sobre a necessidade da plenária durante as férias. "Sou obrigado a fazer isso. São projetos importantes para o município e os vereadores estavam disponíveis." O verde considera que não vai atrapalhar o descanso dos legisladores porque a sessão foi marcada para o início do mês.

O principal item da pauta de votação versa sobre alteração no sistema municipal de Saúde, controlado atualmente pela OSSPUB. O novo sistema prevê a criação de pelo menos 40 cargos, com funcionários concursados e comissionados.

Este mesmo projeto já havia provocado o levantamento do recesso no dia 16, mas a falta de detalhamento do impacto financeiro aos cofres públicos resultou no adiamento da matéria.

Segundo Volpi, a propositura, se aprovada, não acarretará impacto ao Paço. Segundo ele, se colocada em prática, a mudança custará aos cofres da Prefeitura R$ 230 mil por ano, mesmo valor pago à OSSPUB. "O projeto só entrará em vigor se a OSSPUB deixar de atuar. Do contrário, não haverá mudança."

Os vereadores consultados pelo Diário não demonstraram descontentamento em interromper as férias, alegando que terão o resto do mês para descansar.


Bloco independente ameaça governabilidade do prefeito

A parceria firmada entre PSD e PMDB para a eleição municipal em Ribeirão Pires vai se repetir também no Legislativo. Os representantes do PSD na Câmara, Koiti Takaki, José Nelson e o presidente da Casa, Gerson Constantino, se uniram ao vereador oposicionista Saulo Benevides (PMDB) para formar um bloco independente que ameaça a governabilidade do prefeito, Clóvis Volpi (PV).

Além das prováveis dores de cabeça ao chefe do Executivo, a manobra favorece diretamente Saulo, pré-candidato ao Paço.

O G4 discutirá e votará os projetos em conjunto. Como as matérias que envolvem constituição municipal, cargos e verbas públicas precisam de 2/3 dos votos da Casa - oito dos 11 vereadores - para serem aprovadas, o bloco terá poder para travar discussões importantes.

Apesar da sinergia com o principal opositor de Volpi na Câmara, Koiti Takaki, presidente municipal do PSD, evita o rótulo de oposição ao governo. "Teremos nossa autonomia e independência", projeta. Segundo ele, a parceria não terá início nos trabalhos de hoje, mas somente após o retorno do recesso, em fevereiro.




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