Algumas mudanças nas regras das eleições já foram aprovadas pelo Senado e passarão pelo crivo da Câmara Federal. Maioria dos deputados afirma que a minirreforma política será avalizada, sem problemas. A única dúvida é se ela valerá para o pleito municipal do ano que vem ou só para 2018. Um dos principais pontos de consenso entre os parlamentares é o fim das coligações proporcionais. Ou seja, ao lançar candidatos a deputado federal e estadual e vereador, os partidos não poderão se coligar com ouras legendas. Terão de concorrer com suas próprias forças. Acabaria também o quociente eleitoral, o que evitaria o ‘fenômeno Tiririca’, no qual os nomes com votação estratosférica puxam candidatos com votos ínfimos. No novo sistema, ganham os mais votados e ponto. Como no caso de presidente, senador e prefeito. Fica mais fácil de o eleitor compreender. Além de outras consequências, como a extinção do ‘candidato escadinha’. Aquele que tem algumas centenas de votos e lança seu nome nas urnas incentivado e patrocinado por outros candidatos, para o partido atingir o tal quociente eleitoral, que também será dizimado. A expectativa é que diminuirão as barganhas pré-eleição (promessa de cargos aos escadinhas, por exemplo) e os gastos de campanha serão menores. Ainda é pouco, mas é um começo.

Hoje sim, amanhã...
Vereador de São Bernardo, Antonio Cabrera (PSB) tem conversado com lideranças socialistas para lançar candidatura ao Paço em 2016. Nesta semana esteve com o deputado estadual e integrante da executiva paulista da sigla Caio França, que atestou o projeto. Por enquanto, são só intenções. Conforme o funil apertar, vamos ver a ação do partido e do vereador.

O retorno?
Articulador político da gestão Aidan Ravin (PSB-2009 a 2012), de Santo André, Beto Torrado esteve ontem na Câmara. A princípio, disse que estava ali apenas para tomar cafezinho. Soube-se depois que ele faz consultoria para alguns vereadores, os quais teve contato quando esteve no Paço. Conversou com alguns de canto. Eleição de 2016 esteve em pauta.

Para aparecer
Deputado federal Beto Mansur (PP) e o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), fizeram selfie para mostrar que estavam diante do incêndio em empresa petroquímica da cidade. Pegou muito mal para eles, que foram criticados nas redes sociais. Se o fato ocorresse no Grande ABC, não seriam apenas dois a tirar fotos para aparecer.