Setecidades Titulo São Bernardo
Merendeiras estão oficialmente em greve a partir das 15h de hoje

Categoria fez paralisação na quinta-feira; crianças foram dispensadas

Nelson Donato
Especial para o Diário
07/04/2015 | 07:07
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André Henriques/DGABC


Merendeiras de São Bernardo oficializam hoje, às 15h, greve da categoria, que realizou paralisação de um dia na quinta-feira. Funcionárias da empresa ERJ reivindicam pagamento dos salários de março, do convênio médico e quitação da segunda parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 2014. Ao todo, 1.430 crianças, com idade entre zero e 3 anos, são afetadas. Houve dispensa nas escolas.

Por volta das 9h de ontem, em torno de 700 pessoas se reuniram em frente à sede do Seerc (Sindicato dos Empregados nas Empresas de Refeições Coletivas e Merenda Escolar de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires), no Centro, para esperar resposta da ERJ sobre o pagamento, que deveria ter vindo até 10h.

A merendeira Vilma Fernandes, 46 anos, afirma que esse tipo de atraso começou há um ano. “Sou funcionária antiga e nunca tinha vivido essa situação. Descontam o dinheiro do convênio, mas não fazem o repasse. Além disso, diminuíram o quadro e agora uma equipe com quatro pessoas é responsável por fazer a comida de mais de 130 crianças.”

O presidente da Seerc, Genivaldo Barbosa da Silva, afirma que 95% da categoria aderiu à paralisação e que a tendência é que chegue a 100%. “Já notificamos a Prefeitura, a ERJ e o Ministério do Trabalho. Na quarta-feira (amanhã) iremos até a sede da empresa em Jundiaí cobrar uma posição, pois a filial de Santo André nos trata com descaso.”

Enquanto o impasse continua, as crianças são as mais prejudicadas. Durante a manhã, a equipe do Diário viu vários pais buscando-as nas escolas antes do horário normal de saída. Pelo segundo dia letivo seguido, alunos do período integral foram dispensados. Isto causou revolta de muitos pais, como a técnica de enfermagem Adriana Aparecida da Silva, 33. “Minha filha vem de transporte escolar. Quando estava próxima ao trabalho em Diadema, me ligaram para apanhá-la, pois não haveria merenda. Agora não sei com quem vou deixá-la e chegarei atrasada ao serviço.”

Procurada, a Prefeitura se limitou a informar que está em dia com o pagamento à ERJ e acionará a Justiça para que a mesma cumpra suas obrigações trabalhistas. O vereador Julinho Fuzari (PPS) encaminhou ontem ofício notificando e pedindo providências ao Ministério Público estadual sobre o problema. 




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