Mesmo com cenário de impasse econômico na Europa e nos Estados Unidos e perspectiva de desaceleração na expansão do Produto Interno Bruto da China, que deverão influenciar aPerspectiva aponta para 5,8 milhões de emplacamentosbrneste ano, frente aos 5,73 mi realizados do ano passadomista da MB Associados Tereza Fernandez. O acréscimo será de 5,76% em relação ao ano passado, com 5,89 milhões de unidades emplacadas. “Dado o cenário econômico atual, o crescimento do setor continuará.”

Em 2011, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, 5,5 milhões de veículos foram emplacados. O resultado representou alta de 4,79% sobre o ano anterior.

Na avaliação do presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti, a previsão aproximada de expansão de 5% é positiva e resultados como o de 2010, de alta de 11,97%, serão difíceis de atingir. “É impossível manter percentual de crescimento por muito tempo nessas taxas. Os últimos cinco anos (exceção de 2009 que subiu 0,08%) foram muito fortes”, disse.

Tereza e Meneghetti apresentaram, ontem, as projeções para 2012 e os resultados oficiais do ano passado sobre as vendas de veículos na sede da Fenabrave, em São Paulo. Esta foi a primeira coletiva de imprensa do executivo como presidente da entidade, tendo em vista que tomou posse no dia 14.

MUDANÇA DE CENÁRIO - Meneguetti pontuou que a postura do governo federal em 2011 quanto ao crédito foi uma das barreiras para que o setor não tivesse desempenho maior. “Neste ano tivemos as medidas macroprudenciais, aplicadas no fim de 2010 (cujo Executivo federal iniciou a remoção no fim de 2011), e o Banco Central elevou os depósitos compulsórios dos bancos. Tudo isso segurou o crédito e refletiu na venda de veículos”, avaliou.

Um dos resultados desse cenário foi a queda anual de 0,10% no emplacamento de automóveis, modalidade em que se enquadram o Uno, Gol, Cross Fox, Palio e Celta, por exemplo. Ao todo, foram 2,64 milhões de unidades comercializadas. Segundo a Fenabrave, os consumidores são responsáveis por 75,74% desses veículos, enquanto as empresas adquiriram 24,26%. Para este ano, a MB Associados apresentou projeção de alta de 2,55% nas vendas.

Somados, automóveis e comerciais leves (Strada, Hilux, Saveiro, EcoSport e Montana, por exemplo), a expansão em relação ao ano anterior foi de 2,9%. No entanto, a MB Associados espera acréscimo de 4,5% neste ano para o grupo. Somente os comerciais leves, em que a demanda das empresas representa 40% das vendas, 2011 teve alta de 14,6%. Crescem também em 2012, em comercializações, os segmentos de motos (7,5%), caminhões (9,6%) e ônibus (14,3%), estimou a consultoria.