Israel acenou com um gesto, mas de alcance limitado, de apoio ao presidente palestino Mahmud Abbas na reunião de cúpula árabe-israelense de Sharm El-Sheikh, que acontece a partir desta segunda-feira no Egito. Foi a primeira vez que os dois governantes se encontraram desde 15 de abril e, mais significativamente, depois que o Hamas tomou o controle da Faixa de Gaza em 15 de junho.

Nenhum anúncio espetacular foi feito por parte de Abdullah II, o rei da Jordânia, também convidado pelo presidente egípcio Hosni Mubarak. No entanto, os quatro líderes apoiados pelas potências ocidentais afirmaram seu desejo de reanimar o agonizante processo de paz.

Mubarak solicitou que se rompesse “o imobilismo do processo de paz” no Oriente Médio, destacando a necessidade de preservar a unidade dos territórios palestinos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. O presidente egípcio também defendeu o diálogo entre os palestinos.

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, de quem se esperava gestos de apoio para com Abbas, só fez um: o da libertação dos 250 palestinos não envolvidos em assassinatos, uma lista que será aprovada pelo conselho israelense de ministros no próximo domingo. O premiê confirmou a intenção de transferir regularmente à Autoridade Palestina os US$ 600 milhões os impostos e tarifas alfandegárias detidos por Israel.

Apesar de se esperar um anúncio sobre a suspensão de barreiras nas estradas da Cisjordânia, Olmert limitou-se a dizer que os movimentos do povo palestino vão melhorar. O israelense também falou da intenção de renovar a cooperação econômica e de segurança com os dirigentes palestinos.