"Nao vou intimar o ministro a depor", disse o deputado. "Agora, se algum membro da comissao (ao todo, sao nove deputados) apresentar essa proposta, vou colocá-la em votaçao." O parlamentar nao descartou a possibilidade de convocar o jornalista Andrei Meirelles, repórter da "IstoÉ", autor da reportagem, para que esclareça a origem das acusaçoes contra o ministro. A convocaçao, afirmou, dependerá do andamento do trabalho da comissao. Segunda-feira (04), o delegado Francisco Badenes Júnior, autor de um relatório sobre o crime organizado que citava os nomes de Alvares, do presidente da Assembléia Legislativa, José Carlos Gratz (PFL), e de outros integrantes da elite política do Espírito Santo, afirmou à CPI que o trabalho continuava válido, mas se recusou a comentá-lo.
Anjos também descartou nesta terça-feira a convocaçao de Gratz, que admitira segunda-feira (04). O motivo é o mesmo: falta de indícios sólidos de envolvimento do presidente da Assembléia com o crime. "Nao quero levar a CPI para a aceitaçao do denuncismo", disse o pedetista. Ainda segunda-feira (04), o deputado Gilson Gomes (PPS) renunciou à relatoria da CPI, depois que Badenes Júnior argüiu a suspeiçao dele, acusando-o de supostas ligaçoes com a Scuderia Detetive LeCoq, associaçao de policiais acusada de ligaçoes com o crime."O deputado disse que saiu da LeCoq há mais de dez anos, mas peferiu se afastar para evitar problemas." O pedetista lembrou que o objetivo da CPI nao é investigar o crime organizado, mas apurar a suposta omissao de autoridades no crescimento da violência no Espírito Santo. "Ainda estamos no nono depoimento", afirmou.
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