O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), encaminhou ontem para a Câmara Municipal um projeto de lei que autoriza a concessão de abono a educadores das redes municipal e estadual de ensino. Os vereadores souberam da propositura um pouco antes da sessão de ontem e já reivindicaram ao Executivo que o benefício seja extendido para os demais funcionários da rede, como merendeiras, porteiros, serventes e outros.

O abono, segundo o projeto, variará de acordo com o cargo e será pago de abril até dezembro deste ano.

Diretores municipais receberão dois abonos, um no valor de R$ 750 por mês e outro de R$ 600. Já diretoras estaduais receberão R$ 600, assistentes de direção, coordenadores pedagógicos e de eventos e orientadores educacionais R$ 550, professores, incluindo os de Educação Física, R$ 500 e APIs (Auxiliares de Primeira Infância) R$ 200.

O projeto deve ser votado nas próximas semanas.

EXTENSÃO - A proposta feita por Auricchio foi bastante elogiada pelos parlamentares, porém não pareceu suficiente. Assim que receberam a notícia do projeto, os vereadores garantiram agilidade na aprovação ao secretário de Governo, Tite Campanella, mas assinaram uma proposta ao Executivo pedindo que o benefício fosse concedido também aos demais funcionários da rede de ensino.

A assessoria de imprensa da Prefeitura adiantou que a solicitação não deverá ser atendida. "Neste caso, o abono é destinado para os educadores. Se o benefício fosse extendido aos demais, estariamos falando sobre um projeto que envolvesse o funcionalismo público, o que não é o caso", informou a assessoria por nota.

De acordo com a administração, se os servidores da Educação que não são educadores recebessem o abono, todos os servidores públicos também teriam que receber, fato que, segundo a assessoria, não é viável por motivos orçamentários.