Seis homens apresentados como militantes islâmicos pela justiça americana, mas que não estariam ligados a qualquer organização terrorista estrangeira, foram presos na noite de segunda-feira em Nova Jersey (nordeste), informaram fontes judiciais nesta terça-feira.

A Justiça suspeita que planejavam uma operação para matar soldados da base de Fort Dix, em Nova Jersey.

"Eles não são acusados de pertencer a uma organização terrorista internacional", declarou em Washington o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow. "No entanto, seu envolvimento no treinamento de manipulação de armas e vigilância operacional, e conversas sobre o assassinato de soldados americanos exigiu uma reação forte das forças da ordem", explicou.

Quatro dos suspeitos nasceram na ex-Iugoslávia, um na Jordânia e outro na Turquia. Todos foram apresentados nesta terça-feira a um juiz de Camden, e cinco foram indiciados por tentativa de homicídio. O sexto foi acusado de cumplicidade.

Segundo a procuradoria de Nova Jersey, dois deles foram detidos quando tentavam comprar armas.

Os seis são acusados de ter participado de sessões de tiro ao alvo na Pensilvânia (leste), realizado operações de vigilância de bases militares e assistido vídeos de treinamento de terroristas. Segundo o procurador Christopher Christie, o grupo pretendia "matar o maior número possível de soldados americanos com fuzis de assalto e lança-foguetes".

A Polícia Federal americana (FBI) havia iniciado sua investigação em janeiro de 2006, depois de ser alertada por um comerciante preocupado com o conteúdo de um vídeo que um cliente lhe havia entregue para que o copiasse. Segundo a justiça, este vídeo mostrava vários homens descarregando suas armas aos gritos de "Allah Akbar" (Deus é grande).