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Chamusca busca o 'final feliz' dois anos após vice-campeonato
Divanei Guazzelli
Do Diário do Grande ABC
21/06/2004 | 23:37
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O técnico Péricles Chamusca quer viver nesta quarta-feira à noite, no Parque Antártica, e no próximo dia 30, no Maracanã, o seu "final feliz" que não teve há dois anos. Treinador do Brasiliense na final da Copa do Brasil, contra o Corinthians, Chamusca perdeu o título em casa, no Distrito Federal. Agora, às vésperas da primeira partida contra o Flamengo, no Parque Antártica, o treinador compara as duas situações e vê várias coincidências. A única que não deseja, obviamente, é um novo vice-campeonato.

"Em 2002, peguei o Brasiliense nas quartas-de-final, como agora com o Santo André. Os dois times são solidários, têm velocidade, capacidade de superação nos momentos adversos e objetivos de subida no cenário nacional. A única diferença é esperar que o desfecho seja bem diferente do que o daquela ocasião", disse o treinador.

No Centro de Treinamento do Pão de Açúcar Esporte Clube, onde o Santo André fez trabalho tático nesta segunda-feira à tarde, Chamusca foi o mais assediado pela imprensa, entre os integrantes do clube. Aos 38 anos, o técnico ostenta a condição de ter sido o mais jovem profissional a comandar um time da Série A do Campeonato Brasileiro – o Vitória-BA, em 1995, aos 29 anos. Mas nem a menor experiência em relação a outros profissionais da área põe em risco a serenidade de Chamusca.

"Acho que agora já não sou o mais novo", afirmou o técnico, em meio a sorrisos, para acrescentar que "a crença na capacidade é a nossa grande alavança". Ele lembrou que o Santo André cresce nas situações desfavoráveis, como no empate por 4 a 4 com o Palmeiras e na virada por 3 a 1 sobre o 15 de Novemmbro-RS. Admite que o Flamengo tem o favoritismo, mas não pela comparação entre os elencos.

"O Flamengo tem uma grande torcida, tradição, qualidade e uma equipe competitiva. Porém, é justamente na certeza de que temos de superar situações difíceis que confiamos em aproveitar esses 180 minutos como uma grande oportunidade em nossas vidas", disse.

Chamusca lembrou que ao chegar, há um mês e meio, teve de administrar "uma situação muito crítica". O Santo André acabara de ser punido, com a punição de 12 pontos na Série B nacional, em primeira instância, e ainda sofria os efeitos da saída de sete jogos. "Foi preciso um trabalho intenso de reestruturação tática, pois acabávamos de ficar sem sete jogadores e ainda era preciso trabalhar a auto-estima pela perda dos 12 pontos. Parece que conseguimos", conclui, sereno, como se no início da noite paulistana já tivesse a estratégia completa para dar ao torcedor do Santo André a maior emoção de 37 anos de fidelidade.




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