O líder africano, ex-banqueiro e diplomata, formado em agronomia na França, qualificou de ``alentadora' a diminuiçao de 40 milhoes, em cinco anos, do número total de pessoas que passam fome, embora tenha reconhecido que o ritmo ainda é insuficiente.

``Essa reduçao, durante o período 1990/92 a 1995/97, da ordem de 8 milhoes de pessoas em média por ano é estimulante, mas ainda insuficiente em comparaçao com o número de 20 milhoes por ano, ou seja, 2,5 vezes mais que atualmente, necessário para fazer cumprir o objetivo estabelecido durante a reuniao de cúpula Mundial de Alimentaçao', afirmou Diouf em entrevista à imprensa, depois da reeleiçao.

Em 1996, os chefes de estado e de governo de 186 países proclamaram em Roma o compromisso de conseguir alimentos para todos e de reduzir para a metade até 2015 do número de pessoas vítimas da fome, cerca de 800 milhoes.

Nascido em Saint-Louis du Senegal a 1 de agosto de 1938, Diouf, 61 anos, concluiu os estudos na França. Também obteve, em Nova York, um diploma do curso superior de administraçao.

Foi nomeado secretário de Estado para a pesquisa científica do Senegal pelo presidente Léopold Sédar Senghor em 1978. Diouf, que nao tem nenhum laço de parentesco com o atual presidente do Senegal Abdou Diouf, foi eleito deputado em Saint-Louis entre 1983 e 1984.

Deixou em seguida o Senegal para trabalhar no Centro de pesquisa para o desenvolvimento internacional em Ottawa, e no Banco Central da Africa Ocidental, tornando-se depois, em 1991, embaixador de seu país na sede das Naçoes Unidas, em Nova York.