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RS: CPI descobre que petista usava codinome para governador
Do Diário OnLine
15/11/2001 | 20:31
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A CPI da Segurança Pública descobriu nas anotações do presidente do Clube de Seguros da Cidadania, Diógenes de Oliveira, que o petista usava codinomes para se referir a autoridades, empresários e bicheiros. Oliveira é uma das 42 pessoas indiciadas pela Comissão Parlamentar e foi acusado de estelionato e formação de quadrilha.

Segundo o relator da CPI, deputado Vieira da Cunha (PDT), nas anotações, o governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, é chamado de “Truta”, o chefe do gabinete do governador, Laerte Meliga, de “Rasputin”, o atual presidente e ex-tesoureiro do PT, Davi Estival, é o "Estivador", o sócio Daniel Verçosa é o "Versalhes" e o ex-chefe de Polícia Luiz Fernando Tubino é o "Tubo".

Cunha afirmou que as anotações de Oliveira dão indícios de sua ligação com membros do jogo do bicho. As agendas contêm os codinomes “Whisky” e “Mudo” para os bicheiros sócios do Bingo Roma, em Porto Alegre, João Carlos Cunha e Evaristo Mutte. Já o empreiteiro Athos Cordeiro é chamado de “Agnus Dei”.

As investigações das ligações telefônicas do petista também apontam o superfaturamento na campanha para governador de 98. Oliveira diz em suas conversas telefônicas com Tubino que teria conseguido arrecadar entre R$ 5 e R$ 6 milhões para a campanha de Olívio Dutra, quando o valor declarado pelo PT à Justiça Eleitoral foi de RS$ 2,4 milhões.

Pressa-O governador Olívio Dutra pediu nesta quinta-feira que as conclusões da CPI da Segurança Pública da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul sejam encaminhadas, imediatamente, aos promotores de Justiça.

A intenção do governador é tentar apressar a análise do relatório e do pedido de cassação contra ele para evitar que um prolongamento do processo até as vésperas das eleições traga mais prejuízos.Ele também tenta evitar um desgaste do partido em âmbito nacional.

O relatório final da CPI, que incrimina 42 acusados - autoridades, líderes petistas, policiais e empresários -, precisa ser aprovado no plenário da Casa.

Ainda nesta quinta, Olívio defendeu a punição do presidente do Clube de Seguros da Cidadania, Diógenes de Oliveira, que arrecadou doações para a legenda, e sugeriu que a sede da sigla seja devolvida à entidade.




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