O primeiro problema detectado foi o contato, no processo de fabricaçao da Coca-Cola em Dunquerque (Norte da França), com uma madeira que estaria contaminada com fungicida (contra os fungos que atacam esse material), e que teria impregnado o fundo externo das latas da bebida, explicou ontem a Coca-Cola.

Segundo o professor Lison, pode se excluir a hipótese de que o fungicida (composto de ``derivados de fenol') tenha penetrado no interior das latas. ``As análises nao mostram qualquer presença na bebida', indicou.

Se algumas pessoas sentiram mal-estar, isso deveu-se à inalaçao de vapores que escaparam da lata ao serem aquecidos pela temperatura corporal'. ``Em todo caso, sao doses ínfimas, que nao podem produzir uma intoxicaçao', segundo o especialista.

``Segundo os dados de que disponho, nao sao, em nenhum dos casos, produtos orgânicos. O que se relatou sao efeitos subjetivos', acrescentou.

O segundo problema seria o da utilizaçao, na fábrica de Coca-Cola na Antuérpia (Norte da Bélgica), de um ``CO2 em estado ruim', O CO2 é o gás carbônico que se utiliza na gasificaçao do refrigerante, segundo a Coca-Cola.

O CO2 utilizado, que contém ``produtos sulfurosos' misturados ao gás, teria sido introduzido nas garrafas de vidro de 20 cl, indicou o professor.

Mas as doses detectadas seriam ``extremadamente mínimas, ao nível mínimo de detecçao analítica' e ``sem capacidade de gerar uma intoxicaçao', segundo a mesma fonte, para quem o único efeito possível seria um odor mais forte.

Lison participou terça-feira na coletiva de imprensa realizada por dirigentes da Coca-Cola, junto ao diretor geral da firma na Bélgica, Philippe Lenfant, mas alegou nao trabalhar para empresa.