O líder do PTB na Câmara, Roberto Jefferson (RJ), negou nesta sexta-feira que tenha declarado que o presidente Fernando Henrique Cardoso revelara que a Lunus, empresa da governadora Roseana Sarney, foi alvo de escuta telefônica da Polícia Federal, sob autorização da Justiça Federal de Tocantins. O deputado disse que foi mal interpretado em sua declaração, dada ao deixar uma reunião com Fernando Henrique, nesta quinta, no Palácio da Alvorada. Segundo ele, o presidente afirmou que no processo que investiga a Lunus, há uma determinação de quebra do sigilo telefônico.

O porta-voz do presidente, Alexandre Parola, porém, não confirmou nem desmentiu a informação. De acordo com ele, Fernando Henrique, em conversa com deputados, afirmou que qualquer ação empreendida pela Polícia Federal tem ordem da Justiça federal.

Reportagem do Jornal do Brasil diz que Jefferson e o presidente do PTB, deputado José Carlos Martinez (PR), revelaram que o presidente lhes confidenciou que houve escuta telefônica na empresa da governadora maranhense.

Ainda segundo o jornal, FHC teria revelado que outras 82 empresas eram monitoradas pelo Ministério Público por suspeita de fraude na extinta Sudam e foram 'invadidas' pela Polícia Federal. “'O presidente me disse que ela (Lunus) não foi a primeira empresa invadida por determinação judicial do Tocantins e dos procuradores. Foi a 83ª', disse o parlamentar, em entrevista gravada, de acordo com o jornal.