O contrato, assinado entre a Bombardier Transportation (fábrica de trens) e a T'Trans, tem o objetivo de criar uma nova empresa para atuar no mercado brasileiro, e que poderia ser base para outras empreitadas na América do Sul.

``A prioridade será o setor de transporte de passageiros, mas nada impede que num segundo momento podemos também atuar no setor de carga', disse o diretor internacional de marketing de Bombardier Transportation, Serge Van Themshche, à imprensa nesta sexta-feira.

A primeira licitaçao na qual poderiam participar será uma linha ferroviária adicional no Rio de Janeiro, prevista para janeiro próximo.

O setor ferroviário e metroviário está em grande crescimento no Brasil, e somente em Sao Paulo a secretaria dos Transportes estimou que haverá investimentos de US$ 20,8 bilhoes em vinte anos, para ampliaçao do metrô da capital econômica do Brasil.

A empresa líder do setor atualmente no Brasil é a francesa Alstom, e a nova associaçao estratégica espera transformar-se na segunda, declarou Massimo Griavina-Bianchi al diario Jornal do Commercio.

A entrada da Bombardier no Brasil tem uma conotaçao especial, visto que esta empresa denunciou o governo brasileiro ante a Organizaçao Mundial do Comércio (OMC) por causa dos subsídios dados por sua principal concorrente, a aeronáutica brasileira Embraer.

O OMC ordenou ao Brasil suspender seu programa de financiamento de exportaçoes (Proex) no setor aéreo e confirmou oficialmente em agosto que autoriza o Canadá a aplicar uma sançao anual de US$ 344,2 milhoes canadenses (US$ 232 milhoes) por seis anos ao Brasil, por ter subvencionado sua indústria aeronáutica.