O primeiro gol do Ituano, logo a um minuto de jogo, pegou o Santo André de surpresa. A perfeita cobrança do ala Daniel, ex-Corinthians e Palmeiras, parou no ângulo direito do goleiro Júnior. O gol serviu para aliviar o desespero do time da casa, que precisava mais do que nunca de um bom resultado para manter as chances no torneio.

Em desvantagem, seria natural que o Santo André avançasse para escapar da previsível pressão do adversário. O Ramalhão, porém, esbarrava na forte vigilância do Ituano. Aos 20, a equipe local quase chegou lá, mas Terrão furou na pequena área. Aos poucos, o esquema de Luiz Carlos Martins ficava sem a opção dos contragolpes.

A primeira investida do Santo André surgiu nos pés do atacante Daniel, aos 25, num cruzamento para Marcos Denner, que não conseguiu concluir. Depois, o volante Careca arriscou da intermediária, rente à trave. O Santo André já não recuava tanto. De repente, o time criou mais coragem, especialmente pelo setor do lateral-esquerdo Cláudio, que passou a apoiar. Um dos problemas, porém, estava na frente. O atacante Daniel, isolado, corria inutilmente pelos flancos. Era um jeito, afinal, de atrair o combate. Mas, se não fosse Alex, o Ituano teria marcado mais um, aos 30. O zagueiro, sempre atento, desviou a escanteio. Aos 37, Fernando Gaúcho, sozinho na cara do goleiro Júnior, desperdiçou um gol incrível.

Na segunda fase, aos 16, o golaço do lateral Cláudio devolveu a esperança do Santo André, que não mostrou a necessária competência para segurar o empate. Aos 41, Galvão, de cabeça, retomou o placar favorável ao Ituano. O Santo André mereceu o castigo. O esquema de Martins pecou principalmente pela falta de ousadia.