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Aliança entre BBVA e Telefónica causa reaçoes
Do Diário do Grande ABC
13/02/2000 | 19:55
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A aliança entre dois dos mais importantes grupos econômico-financeiros da Espanha, Telefónica e Banco de Bilbao Viscaya e Argentaria (BBVA), anunciada sexta-feira, para a exploraçao de negócios no setor da chamada "nova economia" (Internet), cuja estratégia deverá se concentrar em grande parte na América Latina (Brasil e Argentina), está provocando fortes reaçoes da oposiçao e de sindicatos, em pleno início da campanha legislativa espanhola. A reaçao vem também de certos concorrentes que temem a concentraçao.

Socialistas e comunistas, que concluíram um pacto eleitoral para tentar voltar ao poder na Espanha, estao condenando o acordo entre os dois grupos em nome da preservaçao do direito a concorrência. Isso está obrigando o governo de centro-direita de José Maria Aznar, que basicamente apóia essa aliança, a anunciar sua intençao de estudar as condiçoes desse pacto para medir suas conseqüências no mercado e saber se ele afeta ou nao os princípios da concorrência.

O ministro da Economia, Rodrigo Rato, anunciou que, diante da importância da operaçao, a Direçao da Defesa da Concorrência, vai manter contatos com representantes dos dois grupos para exigir esclarecimentos sobre certos pontos obscuros do acordo. Para o governo, o importante é que essas operaçoes respeitem também os interesses dos consumidores e usuários.

No fim de semana, o sucessor de Felipe Gonzalez no PSOE e candidato socialista às funçoes de primeiro ministro, Joaquim Almunia, denunciou o acordo BBVA/Telefónica, afirmando que no dia 12 de março os espanhóis terao de escolher "entre um governo progressista e um governo Villalonga".

Essa é uma alusao ao presidente do grupo Telefónica e amigo do primeiro- ministro Azar, Juan Villalonga, que deverá assumir também a vice-presidência do BBVA, segundo as negociaçoes concluídas na sexta-feira. Emilio Ybarra, também presidente do BBVA, terá as mesmas funçoes na Telefónica espanhola.

Segundo o dirigente socialista, 11 empresários nomeados pelo primeiro-ministro para a direçao de empresas públicas, hoje privatizadas, controlam dois terços da Bolsa espanhola.




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