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Campanha popular pede fechamento do Congresso em Quito
Do Diário do Grande ABC
07/02/2000 | 15:54
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Vários grupos sociais, encabeçados pelos indígenas, iniciaram nesta segunda-feira uma campanha de recolhimento de assinaturas para pedir o fechamento do Congresso nacional por meio de um referendo, em Quito, capital do Equador.

A iniciativa é encabeçada pela Confederaçao de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), que surgiu como uma poderosa força de mobilizaçao popular depois de impulsionar a rebeliao do mês passado que tirou do poder o presidente Jamil Mahuad.

Juntou-se à campanha a Coordenadoria de Movimentos Sociais, que reúne diversas federaçoes de trabalhadores, estudantes e associaçoes de bairro de todo o país.

Os promotores da iniciativa disseram que esperam reunir dois milhoes de assinaturas para pedir ao governo que convoque uma consulta popular, de acordo com a Constituiçao.

As normas constitucionais exigem a apresentaçao de 700 mil assinaturas para que o governo convoque um referendo, mas os organizadores da campanha disseram que pretendem reunir dois milhoes de nomes ``para maior segurança'.

O referendo incluiria quatro perguntas, para que os equatorianos respondam, em primeiro lugar, se estao de acordo com a dissoluçao do Congresso e a convocaçao imediata de eleiçoes legislativas. As outras três perguntas serao sobre temas econômicos, inclusive sobre as privatizaçoes das empresas estatais, que o governo defende e às quais os indígenas se opoem.

O anúncio da campanha sobre o referendo foi feito quando pesquisas particulares indicam que o Congresso está em desprestígio, figurando nos últimos lugares em termos de credibilidade junto à populaçao, com apenas 6% de apoio popular.

O jornal Hoy, de Quito, publica nesta segunda uma grande reportagem dizendo que poucos legisladores comparecem às sessoes e, citando nomes, afirma que a maioria se dedica a seus interesses e negócios particulares em vez de ir ao Congresso.

O Congresso unicameral do Equador tem 123 deputados, com mandato de quatro anos mas, segundo a mecânica eleitoral, 21 deles ocuparao suas cadeiras até agosto, enquanto os demais têm que ser substituídos em 2002.




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