Depois da missa de sétimo dia em que era lembrada a morte de Bruno Moia de Oliveira, na igreja Nossa Senhora Aparecida, em Santo André, familiares e amigos do jovem, que tinha 23 anos, fizeram uma manifestação pelas ruas do Parque Novo Oratório contra a violência. Em uma faixa que carregavam, havia a pergunta: “qual o valor da vida?”

Ele morreu no último domingo, depois de ter sido esfaqueado dentro do clube de uma empresa da região, quando sua família comemorava o aniversário de um sobrinho dele, de 2 anos, em um dos quiosques. Eles tiveram um desentendimento com um grupo de pessoas que estava um quiosque que ficava próximo.

A vendedora Patrícia Moia de Oliveira Gomes, de 30 anos, afirma que a maior revolta da família é por conta da banalidade do crime. “Garoava naquele dia e, por conta disso, as pessoas quase não saiam do quiosque. Um homem veio reclamar que alguém havia mexido com a mulher dele e a briga começou”, recorda-se.

Segundo ela, foi neste momento que um jovem que estava no outro quiosque saiu com uma faca de churrasco e desferiu um golpe no peito de Oliveira, que chegou a ser levado ao hospital pelos familiares, mas não resistiu ao ferimento.

O acusado pelo crime, um rapaz de 22 anos, foi preso em flagrante, mas Patrícia teme que ele responda ao processo em liberdade. “Ele tem um emprego fixo na empresa a qual o clube é ligado, estuda em uma faculdade. Apesar de não ter antecedentes, matou uma pessoa por um motivo banal”, afirma.