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Israel quer separar estradas na Cisjordânia
Da AFP
19/10/2005 | 13:51
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Israel estuda proibir de forma permanente os veículos palestinos de circular por algumas estradas da Cisjordânia, para reforçar a segurança dos colonos. "O projeto existe há tempos, e não teremos outra opção senão aplicá-lo se a Autoridade Palestina continuar sem impedir os ataques terroristas", disse nesta quarta-feira uma autoridade ligada ao primeiro-ministro Ariel Sharon.

A Autoridade Palestina denunciou a nova medida israelense afirmando que a mesma pretende apenas criar um regime de apartheid. “Se este plano for aplicado, haverá dois sistemas de estradas - um para israelenses e outro para palestinos - seguindo o regime de apartheid que vigorou na África do Sul", disse o principal negociador palestino, Saeb Erakat.

Para Erakat, uma medida deste tipo configura com "um crime contra a humanidade", dirigido a aplicar um "castigo coletivo" à população palestina.

Segundo fontes do governo de Israel, as estradas proibidas à circulação palestina ficarão reservadas apenas a veículos israelenses. O exército de Israel estuda a aplicação efetiva do plano, cujo objetivo é garantir a segurança dos 250 mil colonos israelenses que vivem na Cisjordânia. "Não ficaremos de braços cruzados, já que as informações de que dispomos indicam que grupos terroristas querem intensificar as operações na Cisjordânia", explicou a autoridade israelense.

O plano de Israel foi testado no domingo, após os dois atentados na Cisjordânia, em que três colonos morreram e quatro ficaram feridos. O exército israelense proibiu os palestinos de circular em carros pela estrada principal norte-sul entre as cidades da Cisjordânia. Também proibiu carros palestinos em uma estrada leste-oeste, da cidade de Nablus até o território israelense.

O Departamento de Estado americano criticou o projeto israelense por meio de uma mensagem do enviado especial, general William Ward. Mas a autoridade israelense minimizou as críticas de Washington, dizendo que "não se trata de pressão, já que Washington entende que Israel não tem alternativa".

O dirigente, ligado a Sharon, lembrou a declaração da Casa Branca exigindo que os palestinos aumentassem a segurança para impedir ataques antes da reunião entre Bush e Abbas.




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