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Russos dominam repertório da Sinfônica de Sto.André
Gislaine Gutierre
Do Diário do Grande ABC
29/11/2002 | 18:15
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A Orquestra Sinfônica de Santo André e a Filarmônica de São Caetano fazem neste sábado os últimos concertos do mês, em suas respectivas cidades. Enquanto a primeira leva a obra de compositores russos ao Municipal, a Filarmônica executa um programa diversificado, que contempla autores nacionais e estrangeiros. Ambos têm entrada franca.   

A apresentação da sinfônica andreense, às 20h, integra a série Concertos Grande ABC e deveria contar com a presença do pianista Caio Pagano como solista. Por questões financeiras sua participação foi adiada e ainda não há nova data.   

Como Pagano já executaria um concerto de Prokofiev, o maestro Flavio Florence decidiu manter um programa todo calcado na produção russa. “Escolhemos três autores, entre eles Tchaikovski e Rimski-Korsakov, que eram inimigos mortais. Enquanto o primeiro tinha uma linguagem mais universal, o outro era mais nacionalista e considerava o rival um inimigo da pátria”, afirma o maestro.   

A opção da sinfônica foi buscar as semelhanças – em vez das diferenças – na produção de cada um. “Ambas as obras são caprichos, ou seja, coleção de temas sem uma forma específica. E foram escritas durante viagens dos respectivos autores. Enquanto Tchaikovski foi para a Itália, Korsakov foi à Espanha”, diz Florence.   

A peça de Tchaikovski é Capricho Italiano. De Rimski-Korsakov, Capricho Espanhol e a marcha da ópera Tzar Saltan. E de Prokofiev serão executadas a marcha da ópera O Amor das Três Laranjas e a suíte sinfônica Tenente Kije, curiosamente composta para um filme que não chegou a ser rodado. “Seria uma comédia e a música estava pronta, mas depois Prokofiev a reescreveu como suíte sinfônica. Apesar disso, mantém algumas características originais. É sarcástica, irônica”, afirma Florence.   

A Orquestra Filarmônica de São Bernardo repete neste sábado, às 20h30, no Teatro Lauro Gomes, o programa que apresentaria na última quinta-feira, na cidade. Começa com Elegia, de Henrique Oswald, passa por Pequena Suíte, de Debussy e, depois do intervalo, segue com Pavana para uma Princesa Morta, de Ravel, e suíte O Pássaro de Fogo, de Stravinski.




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