A primeira fase da Fuvest, mais concorrido vestibular do País, foi realizada no domingo em 109 locais em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba. Ao todo, o exame recebeu 128 mil inscrições para 10.797 vagas. O índice de abstenções foi de 5,95%, mantendo a média dos últimos anos. A lista dos aprovados será divulgada no dia 14 de dezembro.

No Grande ABC, das 7.321 pessoas que se candidataram, 405 se ausentaram. O percentual de ausência na região foi de 5,53%. Não comparecerem 177 vestibulandos que fariam o exame em Santo André, 119 em São Bernardo, 60 em São Caetano e outros 49 em Diadema.

As vagas estão distribuídas pela Universidade de São Paulo, Faculdade de Ciências Medicas da Santa Casa de São Paulo e Academia de Polícia Militar do Barro Branco.

Os portões das unidades que aplicaram o exame foram abertos às 12h30. No Centro Universitário Fundação Santo André, uma das sete instituições da região que receberam a Fuvest, cerca de 2.000 estudantes compareceram.

"É a segunda vez que presto o vestibular. Vou tentar Marketing. Fiz cursinho durante o ano e sinto que estou bem preparado", afirmou Felipe Oliveira Fonseca, 19 anos, que mora na Vila Pires, em Santo André.

Admitindo nervosismo, que ficava evidente pela pressa com que fumava o cigarro, o estudante Marcos Aparecido do Prado, 20, contou que deu uma atenção maior para Física e Química. "Tenho dificuldades nestas disciplinas, mas é boa minha expectativa."

Mais tranquilas estavam as amigas Larissa Petri e Gabrielle dos Santos Lucchese. As duas jovens tem 16 anos, ainda estão no 2° ano do Ensino Médio e participaram da prova como treineiras. "É uma chance para ver como funciona", afirmou Gabrielle. "E também para ficar menos nervosa quando tiver de fazer pra valer", completou Larissa.

Confusão e falta de orientação fazem jovens perderem prova
Na EE Doutor Américo Brasiliense, no Centro de Santo André, três estudantes lamentaram terem perdido a chance de prestar o vestibular para o qual se preparam o ano inteiro. Os alunos confundiram o local onde deveriam fazer a prova e alegaram, ainda, que foram mal orientados pela organização.

"Estávamos inscritos para fazer na Fundação, mas o nosso nome não estava na lista. Procuramos a coordenação e uma fiscal disse que deveríamos fazer a prova no Américo. Viemos para cá e descobrimos que não é aqui", afirmou Naiara Ribeiro Soares, 22, que tentaria vaga no curso de Física.

Os alunos estavam mesmo inscritos para realizar a prova na Fundação Santo André, mas em outro prédio, diferente daquele onde procuraram os nomes na lista.

"Cheguei com antecedência, tanto que deu tempo de ir para a Fundação e para o Américo antes do fechamento dos portões. Se não tivesse sido mal informada, poderia ter feito o exame", lamentou Perola Ciriaco Rodrigues, 17.