A Rua General Glicério, localizada no Centro de Santo André, é uma das que recebem a ciclofaixa de lazer aos domingos. Em determinado trecho da via, motoristas reclamam da sinalização que indica restrições durante o funcionamento da faixa exclusiva para bikes.

As placas indicam o horário de operação da ciclofaixa, das 8h30 às 14h30; o limite máximo de velocidade de 40 km/h, que vale das 6h às 16h; e a proibição de estacionar, das 6h às 16h30.

“Principalmente essa de 40 km/h perto da ciclofaixa confunde muito. Não dá para saber qual o horário em que devemos respeitar o limite”, afirmou o líder de almoxarifado Jocival dos Santos Júnior, 38 anos, que passa constantemente pelo local.

O coordenador de qualidade Silas Pereira, 28, também utiliza a via todos os domingos. “A confusão é grande. Como passo aqui direto, vejo que os motoristas muitas vezes param para perguntar. Alguns acham que ainda há ciclofaixa quando ela já foi desmontada”, disse.

“Quem passa sempre por aqui olha atentamente e não se confunde mais. Porém, uma pessoa que não está acostumada pode se perder mesmo”, afirmou o tapeceiro Juader Pereira, 45.

“Acho que os ciclistas são os mais prejudicados, porque os motoristas não utilizam essa parte da via aos domingos. Se as placas estivessem separadas, seria mais fácil para todos”, opinou o técnico de segurança do trabalho René Duarte, 54.

Questionada sobre o assunto, a Prefeitura e o DET (Departamento de Engenharia de Tráfego) esclareceram que os horários de funcionamento da ciclofaixa, da sinalização de proibição de estacionamento e da velocidade regulamentada são diferentes e estão corretos. O tempo de montagem e desmontagem da faixa exclusiva para bicicletas é de aproximadamente uma hora e meia.

Segundo o secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos de Santo André, Paulinho Serra (PSD), a sinalização obedece ao Código de Trânsito Brasileiro. “Ela tem um papel fundamental, principalmente porque ainda estamos no começo. São seis domingos até agora, sendo que nesse tempo já passaram pela ciclofaixa 35 mil ciclistas. Estamos priorizando a segurança de todos.”

Segundo Paulinho, estão sendo ouvidas as reclamações de usuários, pedestres e motoristas. Isso para que o projeto chegue a um modelo definitivo. “Se detectarmos essa confusão, existe a possibilidade de mudar a sinalização. Não vemos problemas em rever conceitos, desde que as medidas e as soluções sejam eficientes para todos os envolvidos.”