Cerca de dois mil metalúrgicos realizaram na última quinta-feira na Capital uma mobilização para dar início oficialmente a campanha salarial da categoria. Entre eles estavam os dirigentes dos sindicatos que representam a categoria em São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

No final da manhã, os sindicalistas fizeram uma manifestação em frente a sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). A tarde, a mobilização foi para a Zona Sul de Capital, onde ficam a Sinfavea (Sindicato dos Fabricantes de Veículos Automotores) e o Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores).

As principais pautas, segundo o presidente da federação estadual dos sindicatos Valmir Marques, o Biro-Biro, as principais reivindicações são correção da inflação e aumento real dos salários, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, qualificação dos trabalhadores e valorização do piso da categoria.

"As empresas já estão falando que a inflação pode atrapalhar nos aumentos salariais, mas não é para elas que está difícil. Pelo contrário, não param de crescer. A inflação só prejudica quem ganha pouco", comentou o dirigente da federação.

TOYOTA - O sindicalista também comentou a confirmação da instalação da fábrica da Toyota em Sorocaba, no interior paulista e uma das bases da federação. "Ficamos contentes em saber que a empresa optou por ficar em São Paulo, pois o Estado vai ganhar mais empregos com uma nova montadora", disse.

Para Biro-Biro, a única preocupação é que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados. Segundo ele, quando a empresa se instalou em Indaiatuba (região de Campinas), os salários praticados eram menores do que das outras montadoras.