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Filhos não atrapalham carreira das mulheres
Tauana Marin
do Diário do Grande ABC
08/05/2011 | 07:20
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A participação feminina no mercado de trabalho vem aumentando a cada dia. Após anos conquistando seu espaço na sociedade, hoje, além de ocupar cargos de alto escalão, as mulheres driblam a agenda e concretizam o que antes era sonho: ser mãe e profissional de sucesso. Engana-se quem pensa que a dupla jornada possa atrapalhar a carreira. Prova disso é que 43% das profissionais brasileiras afirmam não ter nenhuma dificuldade para conciliar as duas atividades.

A pesquisa divulgada nessa semana pela Trabalhando.com Brasil (comunidade virtual de trabalho do País) tem como base 150 mães executivas do Brasil.

As mulheres já mostraram que têm competência para exercer a dupla jornada. Ser mãe já não é empecilho no momento da contratação. Isso porque, cada vez mais, as mulheres se planejam para ter os filhos e isso acontece, geralmente, quando já possuem estabilidade profissional", afirma Ana Luisa Ferraz, gerente de recrutamento e seleção da Trabalhando.com Brasil.

diretor executivo da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Marshal Raffa, também compartilha da opinião. "A restrição em promover ou contratar uma mulher que tenha filhos caiu muito. O profissional do sexo feminino tem ocupado os cargos de liderença, cada dia mais. A mulher conquistou respeito por meio dos resultados que alcança no mundo corporativo, reflexo de muita organização", explica.

Ele ressalta que a habilidade da mulher em fazer várias tarefas ao mesmo tempo a ajuda no crescimento profissional. "Nesse quesito os homens passam longe", brinca o executivo.

DIFICULDADES

Mesmo com o cenário favorável, há espinhos no caminho. Segundo o levantamento, 34% das entrevistadas afirmam que a maior dificuldade é ter pouco tempo para ficar com suas crianças. "Essa é uma cobrança pessoal de todas as mães e pais. Sempre acreditam que poderiam fazer mais pelos filhos. No entanto, esse fator não barra o crescimento profissional das mulheres, na maioria das vezes", enfatiza Ana Luisa.

Do total, 12% acreditam sofrer preconceito dos chefes e dos gestores por serem mães; 7% dizem que o afastamento por licença-maternidade as deixou desconectadas dos negócios da empresa; e 4% delas afirmam que a dificuldade é não conseguir se focar no trabalho tanto quanto gostariam por causa dos filhos.

"Com as novas tecnologias, as mulheres não devem temer em cumprir a licença após o nascimento dos filhos. O uso do e-mail e o uso da internet têm facilitado a vida das mulheres, para que não fiquem por fora do que anda acontecendo na empresa", completa a gerente.




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