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Construção contrata 344 em outubro
Soraia Abreu Pedrozo
Diário do Grande ABC
10/12/2010 | 07:20
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Edmilson Magalhães/DGABC


O emprego na construção civil no Grande ABC se recuperou em outubro. Ao contrário do resultado de setembro, em que o saldo de vagas ficou negativo em 1.067, em outubro houve 344 contratações.

De acordo com a pesquisa mensal do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) com a FGV (Fundação Getulio Vargas), o município que mais gerou emprego no setor foi São Caetano, com 158 postos de trabalho. Mauá, por outro lado, foi o que mais demitiu, com 298 oportunidades a menos.

Na avaliação da diretora adjunta da regional do SindusCon-SP, Rosana Carnevalli, a avaliação mensal muitas vezes não reflete o cenário exato, já que construções são demoradas, e não se começa e termina uma de um mês para outro. "Um obra dura em média três anos e explica justamente o que pode ter acontecido em Mauá. Com o fim de obras de infraestrutura (como o Trecho Sul do Rodoanel e a interligação com a Jacu-Pêssego)", diz.

Em São Caetano, a corrida pelo início de obras se explica pela alteração da lei municipal, em outubro, que mudou o zoneamento da cidade. "Quem protocolou sua obra antes da data ainda pode construir algo seis vezes maior do que o tamanho do terreno adquirido. Após, só poderá ser três vezes maior, e se quiser estender para 3,9 vezes, tem de pagar outorga onerosa, que é cara", disse.

Na comparação do desempenho do emprego na construção civil com o mesmo período do ano passado, a região aumentou suas contratações em 15,86%, gerando 6.011 postos a mais. Hoje, o estoque de funcionários do setor é de 43.895 pessoas.

Neste ano, o segmento deve crescer 14% em todo o País, o que vale para o Grande ABC, que, segundo a diretora, acompanha o movimento. Até o momento, a região acumula alta de 16,62%, com 6.256 postos a mais do que de janeiro a outubro do ano passado.

Para o ano que vem, a perspectiva é de elevação de 6%, tanto porque neste ano o crescimento do emprego foi expressivo como porque em 2011 problemas de juros e inflação devem empatar os financiamentos, acredita Rosana. "Mas o setor ainda tem muito a crescer. Só para o Minha Casa, Minha Vida, estão previstos R$ 17 bilhões. Sem contar que o deficit habitacional ainda é grande, de 8 milhões de moradias."

 

DESACELERAÇÃO - O crescimento do nível de emprego com carteira na construção civil brasileira manteve a tendência de desaceleração em outubro. Foram contratados 16.345 trabalhadores, aumento de 0,57% em relação ao número de empregados em setembro.

Ainda assim, o total de trabalhadores formais no setor atingiu 2,863 milhões, recordo na série histórica. No acumulado de 2010, foram contratados 405,6 mil trabalhadores (16,51% a mais) até outubro e em 12 meses, 375,8 mil (alta de 15,12%).

No Estado de São Paulo, a alta de outubro (0,13%) foi um pouco melhor que em setembro, quando cresceu 0,09%. O saldo positivo entre contratações e demissões em outubro ficou em 956 trabalhadores.

No ano, foram agregados mais 67,6 mil empregados formais (elevação de 9,91%) e em 12 meses, mais 63,9 mil (alta de 9,31%). No fim de outubro, o setor superava os 750,6 mil empregados formais no Estado, também um recorde na série histórica.




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