"O rebaixamento pela Moody?s poderia ter sido evitado se os detentores de bônus não tivessem sido tão complacentes", afirmou Brodsky. "Se os bondholders tivessem notificado a companhia e dado início aos 60 dias de prazo de cura, a Petrobras teria feito a inevitável baixa contábil no demonstrativo trimestral no mês passado e mais provavelmente divulgaria seu balanço auditado em tempo", acrescentou o chairman do Aurelius. "Seria melhor para a companhia e para os detentores de bônus", concluiu.
Em 29 de dezembro, o Aurelius enviou carta aos bondholders da Petrobras, alertando-os que a companhia havia quebrado a cláusula do convenant (obrigações) que previa a divulgação do demonstrativo financeiro não auditado do terceiro trimestre 90 dias após 30 de setembro e que deveriam formalizar o rompimento desse compromisso.
Feita a notificação, a Petrobras teria 60 dias para apresentar o demonstrativo completo não auditado e se não o fizesse poderia ter sua dívida acelerada. Mas a notificação, para ser válida, precisaria da adesão de 25% dos bondholders, o que não aconteceu. A Petrobras divulgou seu balanço do terceiro trimestre, não auditado, em 28 de janeiro, sem as perdas com os processos investigados na Lava Jato.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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