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Indústria de tintas deve crescer 3,4%
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
20/02/2010 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


As vendas das indústrias de tintas no Brasil devem ganhar impulso e crescer 3,4% neste ano, segundo projeção da Abrafati (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas). Para isso, a associação conta com o impulso da construção civil, da indústria automobilística e das obras públicas de infraestrutura.

Depois do desempenho fraco em 2009 - em que o volume de comercialização caiu 2,1% em relação a 2008 -, devido aos reflexos da crise financeira global na economia, o setor se anima com a perspectiva de retorno ao crescimento sustentado.

O principal pilar para a expansão neste ano, na avaliação do presidente da Abrafati, Dilson Ferreira, deverá ser a área imobiliária, que responde por 60% do faturamento obtido pelo segmento (total de US$ 2 bilhões).

O dirigente cita que fatores como a queda nas taxas de juros, o alongamento de prazos de financiamento e a extensão dos incentivos fiscais para o setor - a isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) passou a valer até junho deste ano - favorecem a compra de tintas imobiliárias.

Além disso, o programa Minha Casa, Minha Vida, com o qual o governo federal projeta a construção de 1 milhão de moradias populares, também poderá alavancar a atividade. Estima-se que a demanda para pintura desse número de casas será significativo: 60 mil litros.

Ferreira explica que a iniciativa do governo levou algum tempo para ser operacionalizada, por causa da necessidade de apresentação de projetos e da busca de recursos por parte das construtoras e devido à burocracia. "O impacto maior será no fim de 2010 e 2011", calcula Ferreira. Isso porque a pintura é uma das últimas etapas das obras.

AUTOS - Também há otimismo em relação ao atendimento à indústria automotiva, em função da perspectiva de crescimento expressivo nas vendas de veículos.

A previsão da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) é de 3,4 milhões de unidades comercializadas neste ano, 8,2% mais que em 2009.

O fornecimento para as montadoras, autopeças e para oficinas (repintura) correspondem a 15% do faturamento da atividade, de acordo com a Abrafati.

INFRAESTRUTURA - Ferreira afirma ainda que as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e os preparativos para eventos como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada, em 2016, também podem ajudar os fabricantes.

Um exemplo nesse sentido é o projeto do TAV (Trem de Alta Velocidade), que poderá demandar R$ 34,5 bilhões. "O orçamento é grande e 70% desse custo é de construção civil, o que inclui as bases, trilhos, túneis e estações", cita o dirigente.




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