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Metroviários realizam paralisação em São Paulo
Do Diário OnLine
14/08/2006 | 21:25
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Em uma assembléia realizada na noite desta segunda-feira, os metroviários de São Paulo confirmaram que irão entrar em greve a partir da 0h desta terça-feira. O protesto é contra o fato de a construção da Linha 4 – Amarela do Metrô, que futuramente ligará a Luz, na região Central, a Vila Sônia, na Zona Oeste da cidade, ter sido entregue à iniciativa privada.

De acordo com a categoria, a paralisação vai durar 24 horas. Os funcionários alegam que a concessão vai colocar em risco o bom serviço que é prestado pelo Metrô há anos, além de gerar trens circulando sem operadores, falta de segurança, funcionários mal preparados e sucateamento do meio de transporte que é considerado o mais eficaz da capital paulista. A greve prejudicará pelo menos 2,8 milhões de usuários.

Parceria – A PPP (Parceria Público Privada) dará a empresa vencedora da licitação a concessão por 30 anos da Linha 4 do Metrô. Segundo o sindicato, a greve é a última alternativa que a categoria tem para mobilizar a sociedade contra a negociação.

Os metroviários chegaram a entrar na Justiça para tentar suspender a licitação. No entanto, o Metrô derrubou a liminar e abriu os envelopes com as propostas no dia 9 de agosto. A Justiça ainda está analisando o recurso.

Esquema especial – O presidente do Metrô, Luiz Carlos David, afirmou que nesta terça haverá um esquema especial para os passageiros que dependem do transporte público em São Paulo.

De acordo com David, todas as empresas responsáveis pelo transporte da população vão operar com um esquema diferenciado. Por isso, deverão haver mais trens e ônibus em todo o Estado. Além disso, a CET (Companhia de Engenharia e Tráfego) montará um esquema especial para o trânsito na capital paulista.

Para o presidente, a greve é abusiva e vai contra uma determinação da Justiça, que exige que o Metrô opere com 100% da frota nos horários de pico e pelo menos 60% nos horários em que menos pessoas utilizam o transporte. A multa caso a ordem judicial seja descumprida é de R$ 100 mil.



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