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Dívidas poderão assustar presidente e governadores eleitos
29/11/2002 | 22:51
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Mais um esqueleto, ou seja, uma dívida assumida por governos passados e ainda não reconhecida oficialmente, poderá assustar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e os governadores que assumem seus postos em 1º de janeiro. Levantamento realizado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) informa que a União, os Estados e os municípios devem R$ 8,5 bilhões em precatórios trabalhistas.

Dos 101 mil precatórios não pagos entre 1988 e 2002, 74% são de responsabilidade dos municípios. A União tem apenas 5% dos precatórios atrasados, mas, em valores, seus débitos correspondem a 28% do total. A dívida da União é de R$ 2,3 bilhões, dos Estados, R$ 3,3 bilhões, e dos municípios, R$ 2,7 bilhões, informou o TST.

"Esse volume de débitos não quitados mostra que o sistema de precatório não presta e só serve para premiar o caloteiro, que é o setor público, em desfavor do credor, geralmente um trabalhador necessitado", criticou o presidente do TST, Francisco Fausto. Ele defende a extinção do atual sistema e a sua substituição pela execução direta "como se faz com qualquer devedor".

Dados divulgados pelo Banco Central na quinta-feira mostram que o reconhecimento desses passivos que não estavam registrados, foi um dos grandes responsáveis pelo crescimento da dívida pública entre 1996 e 2002. Este ano, esses esqueletos respondem por apenas R$ 12 bilhões mas, em sete anos, eles representam R$ 176,6 bilhões.




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