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Levantamento aponta que 27% das empresas fecham no 1º ano
26/08/2010 | 07:08
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De cada 100 empresas abertas no Estado de São Paulo, 27 fecham as portas ainda no primeiro ano de atividade. Essa é uma das conclusões do estudo sobre a sobrevivência e a mortalidade das empresas paulistas, divulgado ontem pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo).

No levantamento, a taxa de mortalidade das empresas no primeiro ano de funcionamento atingiu 27%. Há 12 anos, quando o indicador passou a ser calculado, o índice era ainda maior, de 35%.

Os dados divulgados levaram em conta amostra de 3.000 empresas abertas entre os anos de 2003 e 2007. Os números sobre a mortalidade no primeiro ano de atividade referem-se às sociedades iniciadas em 2007. Na avaliação dos dois primeiros anos de atividade (empresas abertas em 2006), 37% fecharam as portas. Em três anos (sociedades fundadas em 2005), 46% encerraram as atividades.

De acordo com a pesquisa, no período de quatro anos (negócios iniciados em 2004), 50% das empresas fecharam as portas. Em cinco anos (sociedades abertas em 2003), as atividades foram encerradas em 58% das empresas. Segundo o Sebrae, em 2000, quando o indicador dos primeiros cinco anos passou a ser monitorado, a taxa de mortalidade das empresas era ainda pior, de 71%. Para a entidade, apesar das reduções nos índices desde então, a mortalidade das empresas ainda é alta no Estado.

DIFICULDADES
Entre os motivos alegados para as falências, 18% dos empresários citaram a falta de clientes e 10% a falta de capital. Os problemas de planejamento e de administração também foram citados por 10% dos empreendedores. Outros 9% alegaram a perda do único cliente da empresa e 8% destacaram problemas com sócios.

No primeiro ano de atividade, de acordo com a pesquisa do Sebrae-SP, a principal dificuldade enfrentada foi a falta de clientes, conforme 29% dos empresários. Outros 21% citaram a falta de capital e 11% destacaram a falta de planejamento. A burocracia e os impostos foram lembrados por 7% dos empreendedores.

Apesar das dificuldades, o estudo revela melhora do perfil do gestor ao longo dos anos. Segundo o Sebrae, 83% dos que abriram negócio formal em 2007 possuem pelo menos o Ensino Médio completo - em 2000, eram 70%. Além disso, 78% abriram a empresa porque enxergaram oportunidade de negócio, e não apenas chance de sobrevivência. Em 2000, a porcentagem era de 60%.

Dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo, citados pelo Sebrae-SP, mostram que entre 1990 e 2008 foram abertas no Estado 2.603.233 empresas. Nestes 18 anos, 1.650.953 sociedades foram fechadas antes de completar o quinto ano de atividade.

 




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