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Projeto ‘Volta Filippi’ é articulado no PT com chapa pura

Em busca do resgate do comando do Paço, sigla aposta em composição majoritária única

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
17/02/2015 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A candidatura do PT em Diadema para a sucessão municipal de 2016 é articulada desde já com chapa pura. Depois de fixar o ex-prefeito José de Filippi Júnior – que atualmente comanda Pasta de Saúde no governo do prefeito da Capital, Fernando Haddad (PT), como candidato, a sigla trabalha por escolha de nome interno para ocupar vaga de vice.

A prática abandona por completo projeto adotado em 2008, quando venceu a disputa pelo Paço com Mário Reali, mas que acabou derrotado em 2012 pelo atual chefe do Executivo, Lauro Michels (PV). Em ambas as situações, o vice foi o ex-prefeito Gilson Menezes (à época no PSC e hoje no PSB). O modelo de abertura sempre foi contestado por lideranças petistas.

Entre os possíveis nomes para preencher a vaga, estão os vereadores José Antônio da Silva, o Zé Antônio, Josa Queiroz e Manoel Eduardo Marinho, o Maninho. Também concorrendo à nomeação está a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, que durante as gestões de Filippi (entre 2001 e 2008) exerceu chefia na Pasta de Defesa Social. Miki ganhou notoriedade por liderar projeto da Lei Seca, que restringiu funcionamento dos bares na cidade, conseguindo reduzir índices de criminalidade. A propagação dos números foi a plataforma que garantiu a Filippi oito anos de gestão à frente do Paço.

Único a admitir que almeja lugar na chapa, Maninho minimizou as críticas sobre chapa mista, defendida no passado. “O momento era outro. Embora o projeto puro no partido sempre foi mais bem-sucedido. Perdemos em 2012 e acredito que não teria justificativa de repetir agora a mesma fórmula. Temos bons quadros”, argumentou o parlamentar.

CONSTRUÇÃO

A candidatura de Filippi ao Paço diademense foi cercada de polêmica. O ex-prefeito, internamente, revelou que não tinha pretensões de concorrer ao Executivo – foi chefe do Executivo por três vezes, entre 1993 e 1996, 2001 e 2004, e 2005 e 2008.

Em contrapartida, a decisão precisou ser repensada após intervenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que colocou a cidade no rol de prioridades da legenda. Foi em Diadema que o PT venceu sua primeira eleição, em 1983. Depois disso, o petismo ganhou ainda mais cinco disputas, estabelecendo uma de suas maiores hegemonias. 




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