Política Titulo Cargo político
Pinheiro atrela tucano na FUABC a acordo

Presidente do PSDB em São Caetano assumiu
cargo por indicação do vereador Beto Vidoski

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
17/02/2015 | 07:00
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Montagem/DGABC


O prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), condicionou a permanência no cargo de diretor jurídico da FUABC (Fundação do ABC) do presidente municipal do PSDB, Moacyr Rodrigues, à obediência do vereador Beto Vidoski (PSDB) na Câmara. O parlamentar tucano atuou como um dos líderes do extinto G-11, grupo independente que impôs derrotas ao Palácio da Cerâmica no Legislativo, e mantém discurso de autonomia.

“É um cargo político, foi indicação do Vidoski. Ele fica enquanto mantivermos o acordo político”, considerou Pinheiro. Quando o G-11 foi formado e elegeu Paulo Bottura (Pros) presidente do Legislativo, derrotando Chico Bento (PP), que tinha apoio do Paço, a bancada de vereadores governistas passaram a pressionar o chefe do Executivo a demitir o mandatário tucano.

O pedido se intensificou quando os dois blocos se desentenderam para formar as comissões permanentes e foi criado imbróglio jurídico que travou os trabalhos na Câmara. A situação só foi solucionada dias depois após intensa articulação do secretário de Governo, Nilson Bonome (PMDB), que dissolveu a ala independente e garantiu governabilidade.

O presidente da FUABC, Marco Antonio Santos Silva, indicado pelo próprio Pinheiro – a entidade é mantida por repasses das prefeituras de Santo André, São Bernardo e São Caetano, que se revezam na indicação do comando – foi quem evitou a saída de Moacyr Rodrigues do posto regional. “O Moacyr é uma pessoa capaz, meu amigo e está desempenhando papel importante na fundação. O presidente está gostando. Creio que a permanência dele está garantida”, sugeriu o prefeito.

Apesar da expectativa do prefeito, logo na primeira sessão ordinária do Legislativo depois do acordo entre as bancadas, Vidoski afirmou manter a união do G-11 e sustentar independência para votar “a favor do povo” de São Caetano. O tucano justificou a postura com a declaração de Eder Xavier (sem partido), que levou o imbróglio das comissões à Justiça e disse que acataria a decisão, caso o pleito fosse anulado. “É declaração que deixa nítido a divisão entre os grupo”, afirmou Vidoski.

Ex-vereador de São Caetano, Moacyr é sogro de Vidoski e integrou o primeiro escalão do governo José Auricchio Júnior (PTB, 2005 a 2012). Na Câmara, o dirigente tucano chegou a atuar ao lado de Paulo Pinheiro.  




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