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Marinho e Ferro travam disputa em São Bernardo
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
05/05/2011 | 07:44
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Em sessão improdutiva ontem na Câmara de São Bernardo, a polêmica ficou por conta da reapresentação do projeto de lei elaborado pelo tucano Admir Ferro, que resultou em mais uma queda de braço com o prefeito Luiz Marinho (PT). O texto, que dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de câmeras de segurança no lado externo das instituições bancárias e financeiras, já teve dois vetos do petista.

Na primeira oportunidade, Marinho barrou a matéria em decorrência da impossibilidade de fiscalizar todas as casas lotéricas da cidade. Após diálogo com o então secretário de Governo, José Albino, Ferro colocou o projeto novamente em votação excluindo as unidades, ganhando aval dos parlamentares. Mas Marinho deu outro parecer contrário ao projeto.

A terceira apresentação da peça ocorre em virtude de projeto idêntico avalizado em Mogi das Cruzes, onde a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) entrou com Adin (Ação Direita de Inconstitucionalidade) para derrubar o projeto, só que o Tribunal de Justiça de São Paulo avaliou que a matéria é legal.

Segundo Ferro, o atual titular da Pasta de Governo, Maurício Soares, pediu para que a votação fosse adiada por uma sessão para levar a decisão do tribunal ao prefeito. "É reivindicação do Conseg (Conselho de Segurança), que visa inibir assaltos nas saídas dos bancos."

Maurício garantiu que há chance de atendimento devido ao interesse público da matéria, porém, a Prefeitura não tem condições de fiscalizar todas as unidades financeiras. "É difícil ser contrário. Em contrapartida, os fiscais não dão conta nem da demanda já existente." O secretário justifica que com aperfeiçoamento do texto daria para avançar a discussão. "Ferro disse que os bancos topam bancar o investimento. Poderíamos sugerir montar comissão para analisar esse sistema."

 

Substituição de Sérgio Demarchi em comissões é adiada

 

A escolha do nome que substituirá o vereador Sérgio Demarchi (PSB) em quatro comissões (duas como secretário - Finanças e Orçamento e Idoso, Aposentado, Pensionista e Portador de Necessidade Especial - e duas como vice-presidente - Direitos Humanos e Cidadania e Assuntos Metropolitanos), que ocorreria ontem, ainda é incerta.

O posto está vago, mesmo com o socialista eleito há um mês para a 1ª secretaria da mesa diretora, com a morte de Otávio Manente. Segundo o presidente da Câmara, Hiroyuki Minami (PSDB), a decisão ficou para a próxima semana para evitar desgaste desnecessário. "Não há unanimidade em cima de um nome. É preciso acordo, avaliar critério por proporcionalidade ou maior bancada."

De acordo com Maurício Soares, os situacionistas veem a possibilidade de integrar comissões com a abertura da vaga. "Não há consenso. As comissões estão com a oposição. Surgiu essa oportunidade de pegar as beiradas, porém nem isso querem deixar."




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