Segundo o chefe de gabinete da Presidência da Alerj, Aloísio Neves, o quadro foi pintado em protesto contra um decreto-lei de 1966, em plena ditatura militar, que proibia a divulgaçao de outras imagens de Joaquim José da Silva Xavier diferentes da oficial, com cabelos e barbas compridos.

"Quando a lei caiu, em 1976, o Jornal do Brasil fez um concurso intitulado A Liberdade de Escolher a Roupa e Aparência de Tiradentes", conta Neves. "Cinco pintores venceram, mas o único quadro de que temos notícia até hoje é este, que foi doado há dez anos à Alerj, pelo advogado José Carlos de Brito, mas estava abandonado no porao desde entao."

O Palácio Tiradentes foi batizado assim porque lá funcionava a prisao onde o líder da Inconfidência ficou preso até ser enforcado, no século 18, algumas ruas adiante, na praça que hoje leva seu nome, também no centro do Rio.

No palácio, funciona um museu dedicado a Tiradentes e, desde o início da semana, o quadro faz parte de sua exposiçao permanente.