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SP: camelôs paulistanos voltam a fazer protesto na Lapa
Do Diário do Grande ABC
09/10/1999 | 14:27
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Mesmo depois de terem enfrentado as varas de borracha e as bombas de efeito moral da Polícia Militar no protesto dessa sexta-feira (8), os camelôs continuaram a protestar durante todo o dia deste sábado no centro da Lapa. "Nao vamos parar de fazer protesto até conseguirmos o que queremos", disse o camelô Afonso Bezerra.

O protesto começou por volta das 10h30, quando cerca de 200 ambulantes se reuniram no final da rua 12 de outubro decididos a iniciar uma passeata. No entanto, quando começaram a se dirigir à Rua Nossa Senhora da Lapa, alguns dos ambulantes jogaram pedras nas lojas.

Com isso, os 60 homens da 5ª Companhia do 4º Batalhao foi obrigada a agir. Alinhados, ameaçaram os camelôs com bombas de gás lacrimogêneo, que nao chegaram a ser atiradas. "Vou continuar. Quero que eles atirem em um pai de família", protestou o camelô Elielson Barbosa de Oliveira.

O primeiro-tenente da 5ª Companhia, Roberto Rodrigues, conversou pessoalmente com os manifestantes e fez um acordo: poderiam continuar a passeata, desde que nao usassem da violência. "Dei o segundo crédito, o terceiro nao vai ter", ameaçou o tenente. E a passeata recomeçou.

Circulando pelas ruas da Lapa, os camelôs, ao som da música "Jesus Cristo", de Roberto Carlos, gritavam em coro, "fecha, fecha", ao se aproximarem das lojas. Apesar de guardadas pelos 150 homens da Guarda Civil Metropolitana (GCM), os lojistas, com medo, acabavam fechando as portas. Discussoes e conflitos nao faltaram entre a GCM e os camelôs.

Bolsoes - O administrador regional da Lapa, Edson Temes Baptista, afirmou que segunda-feira vai se reunir na regional com a Comissao Permanente dos Camelôs e alguns engenheiros da Secretaria das Regionais para estudarem e decidir onde os camelôs serao colocados. "Estamos estudando a criaçao dos bolsoes", afirmou o administrador. "Na rua é que eles nao vao ficar mesmo."




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