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Revólver é encontrado em pasta de aluno de BH
Do Diário do Grande ABC
29/04/1999 | 18:29
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Um revólver calibre 38 foi encontrado no material de um estudante de 15 anos, na manha desta quinta, em uma escola pública do bairro Renascença, regiao nordeste de Belo Horizonte. A descoberta reacendeu a discussao sobre a onde violência em unidades de ensino da capital. Apenas neste mês, a Polícia Militar registrou oito explosoes de bombas caseiras em grupos e colégios da cidade.

Segundo o vice-diretor da Escola Estadual Santo Afonso, Jorge Fiqueiredo, a denúncia de que um dos alunos estaria com uma arma foi feita através de um telefonema anônimo, na noite de quarta-feira. "De manha, pedi aos professores para que levassem os alunos para a biblioteca e dei uma busca nas pastas, até encontrar o revólver", disse. O vice-diretor chamou a Polícia Militar e a mae de J.R.S., que cursa a 6ª série do 1º grau.

O menor contou que adquiriu o revólver em uma favela de Belo Horizonte. "Troquei pela minha bicicleta", disse. Segundo J.R.S., ele fez isso porque estaria sendo ameaçado por uma "gangue". Figueiredo garantiu que nao pretende expulsar o aluno. "Acho que o que ele precisa é de acompanhamento psicológico", disse.

Passeata - Ainda nesta quinta de manha, dezenas de alunos da Escola Municipal Francisco Campos, zona norte, fizeram uma passeata contra a violência entre os estudantes. No dia 23, uma bomba do tipo "garrafao", jogada da rua, explodiu no pátio da escola. Por sorte, ninguém ficou ferido. A coordenadora da manifestaçao, Angela Maria Duarte, disse que a maior parte dos problemas está relacionada ao tráfico de drogas. "Infelizmente, ele já existe dentro das escolas", afirmou.

PM - O comandante de Policiamento de Belo Horizonte, tenente-coronel PM Severo Augusto, anunciou para esta sexta de manha (10 horas), reuniao no auditório do MinasCentro com oficiais da corporaçao, diretores e representantes de pais de alunos das mais de 900 escolas públicas e privadas da cidade. "Vamos pesquisar quais escolas sao mais problemáticas para poder reforçar o policiamento nas suas regioes", disse. Para o oficial, a onda de violência, no entanto, tem íntima relaçao com o ambiente familiar dos estudantes. "Crianças que soltam bombas e levam armas para a escola nao devem estar recebendo uma educaçao adequada em casa", afirmou.




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