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Acre: Perícia nao consegue comprovar castraçao de índio
Do Diário do Grande ABC
09/09/2000 | 17:57
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O adiantado estado de putrefaçao em que se encontra o corpo do índio assassinado no início de junho por caçadores e madeireiros na regiao do Alto Rio Jordao, município de Tarauacá, na fronteira do Acre com o Peru, nao permitiu que os peritos do Instituto Médico Legal (IML) do Acre, pudessem confirmar se ele foi castrado ou nao.

Mas o exame realizado na ossada confirmou que ele foi duramente espancado a pontapés e pauladas, tanto que há várias costelas e outros ossos quebrados. Esse fato vem confirmar a versao das 15 testemunhas ouvidas por agentes da Polícia Federal e funcionários da Funai na Cidade de Jordao.

Todos eles participavam das caçadas e da retirada de madeira quando teriam avistado, em Boca de Pedra, um grupo de nove índios. Começou entao uma perseguiçao, liderada pelo vereador da cidade de Jordao, Auton Farias, e pelos caçadores José Lourenço, o "Trubaldo", e Francisco Morais, o "Chico Manhoto", que conseguiram capturar um índio, enquanto dois outros, embora feridos, tenham conseguido fugir.

Segundo o que consta no depoimento das testemunhas, o vereador Auton Farias com seus dois parceiros começaram a espancar sua "presa". Em seguida, ele castrou o índio e um dos que o acompanhavam deu-lhe o tiro de misericórdia. Para evitar que fossem denunciados, o corpo do índio foi enterrado no local, mas a informaçao vazou para a Polícia Federal e Funai que conseguiram resgatar o cadáver do índio na última segunda-feira.




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