Vazio. Assim ficou o Congresso Nacional nesta sexta-feira, no primeiro dia de convocação extraordinária de deputados e senadores. Como não houve sessão no plenário, nenhum parlamentar registrou presença. No entanto, o motivo não é falta de trabalho, já que, segundo informações do Jornal nacional, existem 94 itens a serem votados.

O detalhe das faltas é que, para não fazerem nada, deputados e senadores vão receber dois salários extras – aproximadamente R$ 38 mil. Essa regalia custará para os cofres da União algo em torno de R$ 100 milhões.

A primeira parte da convocação vai até 14 de janeiro. Neste período não haverá sessões deliberativas, o que possibilitará aos parlamentares atenção total às CPIs (Comissões Parlamentares de Inquéritos), ao Conselho de Ética e à Comissão Mista do Orçamento. Já a segunda metade começa no dia 16 de janeiro e vai até 14 de fevereiro, etapa em que o Congresso funcionará normalmente, com sessões deliberativas.

O anúncio da convocação extraordinária veio acompanhado de ameaças direcionadas aos parlamentares faltosos. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), advertiu que o não comparecimento a um terço das sessões ordinárias do plenário poderá resultar em processo de perda de mandato, além das sanções administrativas, como desconto das ausências.