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Al Qaeda queria acabar com governo Aznar com atentados de Madri
Da AFP
16/07/2005 | 11:33
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Um documento da Al Qaeda encontrado recentemente no computador de um dos autores dos atentados de 11 de março de 2004 em Madri revela que a rápida reivindicação dos ataques tinha o objetivo de acabar com o governo de José María Aznar. A informação foi dada neste sábado pela imprensa espanhola.

O documento, com data de 15 de março de 2004, estava assinado pelas "Brigadas Abou Hafs al-Masri - Divisão Europa", que haviam reivindicado em nome da Al Qaeda os atentados de Madri no mesmo dia em um jornal árabe londrino e que também reivindicaram os atentados de Londres.

A mensagem foi descoberta recentemente no computador de Jamal Ahmidam, conhecido como "o chinês", apontado como um dos autores dos atentados de Madri e que cometeu suicídio, ao lado de outros sete membros do comando, em um apartamento dos subúrbios madrilenhos, quando se viu cercado pela polícia.

"Aqueles que se surpreenderam com a rapidez de nossa reivindicação na batalha de Madri saibam que havia outras circunstâncias. Na batalha de Madri, o fator tempo era muito importante para acabar com o governo do ignóbil Aznar", afirma o texto citado pelos jornais espanhóis.

"Que todos saibam que somos parte da chamada ordem mundial. Nós mudamos Estados e, inclusive, destruímos outros com a ajuda de Alá. Não vamos aceitar ser agentes passivos deste mundo", acrescenta.

Os atentados de Madri (191 mortos e 1,9 mil feridos) foram executados três dias antes das eleições legislativas de 14 de março, que foram vencidas, para surpresa geral, pelos socialistas liderados pelo atual chefe de governo José Luis Rodriguez Zapatero.




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