No bloco de oposição, Pery Cartola (SD) fez alerta quanto à possibilidade de manobra política do prefeito Luiz Marinho (PT) na adoção do plano de corte da merenda na rede municipal.

Para o parlamentar, é necessário salutar o crivo do chefe do Executivo na ação e não responsabilizar somente a coordenadora do setor, Cleuza Repulho. “Quem dá a ordem é o Marinho e a Cleuza obedece. Não adianta apenas culpá-la e depois exonerar. Penso que o prefeito deu passo em falso com esse plano. É importante rever a situação”, explicou.

De acordo com Pery, outro viés político que necessita de atenção envolve os vereadores da base aliada. O oposicionista reforçou que acredita “no empenho de todos” em recuperar a merenda para escolas, porém, vê a oportunidade como um recado ao prefeito petista. “Como o Marinho não realiza diálogo com eles há muito tempo, é uma chance de transmitir mensagem de descontentamento. Contudo, não é importante entrar nesse mérito e sim buscar o resgate do repasse da alimentação justa”, pontuou o vereador, ao destacar seu ponto de vista, sobre o requerimento ter partido da ala dos governistas.

ARGUMENTO

Outro oposicionista a destacar manobra política na abordagem foi Marcelo Lima (PPS). Para ele, é necessário o detalhamento de toda a elaboração do plano. “Com certeza uma medida como esta não partiu de uma pessoa. Tem que trazer à tona os responsáveis por implementar essa ação e suas justificativas”, considerou o popular-socialista, que ganhou prestígio junto a protestantes presentes, uma vez que necessitou da permissão dos demais vereadores para fazer uso da palavra.

A princípio, alguns petistas queriam vetar seu discurso,porém, devido a inúmeras vaias vindas por parte da platéia, recuaram.