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Setor de automação têm carência de mão de obra
Leone Farias
do Diário do Grande ABC
08/08/2011 | 07:41
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Para as indústrias brasileiras ampliarem a competitividade em relação a outros países, é fundamental a automação de seus processos de produção, que oferece redução de custos, otimização e maior controle de qualidade, entre outras vantagens, segundo especialistas.

No entanto, o País peca pela falta de profissionais nessa área, de acordo com a ISA (em inglês, Sociedade Internacional de Automação) - que reúne profissionais do ramo no mundo e que se destina a contribuir para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de suas carreiras. A entidade estima que a carência de mão de obra no Brasil para o desenvolvimento de projetos desse tipo chega a 30%, ou seja, onde deveria haver dez profissionais, há apenas sete.

E a automação tem aplicação em praticamente todas as atividades industriais. Além dos robôs no processo fabril, há equipamentos de automatização em segmentos diversos, como farmacêutico, cosmético, siderúrgico, refinarias, exploração do petróleo, indústria automotiva até o segmento alimentício.

O tema tem ganhado relevância. O presidente da ISA distrito 4 (que compreende América do Sul e Trinidad Tobago), Jorge de Albuquerque Ramos, vê grande potencial de mercado por causa dos investimentos da Petrobras no pré-sal e os da Vale em mineração e também pela própria intenção do governo federal de estimular as empresas a investirem em inovação.

No entanto, Ramos cita que existem poucas faculdades de engenharia de automação e muitos dos profissionais da área se formam em eletrônica ou mecatrônica e fazem especialização para complementarem seus conhecimentos. Ele acrescenta que grandes empresas (como Vale e Petrobras), para suprir as deficiências de formação, têm universidades corporativas. São cursos feitos nas companhias.

No entanto, resolver a carência de mão de obra qualificada na área é um desafio, avalia o vice-diretor da regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo em Diadema, Donizete Duarte da Silva. Empresário do ramo, ele cita que prefere contratar engenheiros mecânicos e eletrônicos e complementar a formação na própria empresa, mas acrescenta que, enquanto o País forma 30 mil pessoas por ano em Engenharia, na China são 1,5 milhão.




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